sexta-feira, 23 de agosto de 2013

TENTÁMOS AJUDAR, SEM DESISTIR


Tentámos ao longo de todo o mandato influir na governação do Município apesar da maioria nem sempre estar disponível para escutar as nossas críticas e sugestões.
Não chegámos agora em cima das eleições, não desistimos de exercer funções para as quais fomos eleitos quaisquer que fossem as dificuldades que nos colocaram. Não recorremos à maledicência, nem a ataques de honra e carácter, procurámos antes ouvir as pessoas, aprender mais e contribuir com a nossa experiência para melhorar, na medida do possível, a vida das nossas populações. Fomos insistentes e, por vezes, conseguimos. Cito de memória apenas alguns exemplos:
  1. Depois dos vereadores socialistas terem tornado público que havia alunos do ensino superior com direito a bolsa de estudo que recebiam apenas meia dúzia de euros mensais, foi possível elaborar, por consenso, um regulamento que garantiu a elevação dos montantes a atribuir aos jovens mais carenciados.
  2. Depois de o exigirmos ao longo de todo o mandato só este ano (o das eleições) conseguimos que a maioria concordasse em baixar a derrama, imposto municipal que incide sobre as empresas.
  3. A saúde foi outra das preocupações. Depois do último governo socialista do País, depois de muitos anos de atraso, ter lançado o concurso para a obra de construção do posto de saúde dos Foros de Salvaterra, que o Ministério da Saúde tem actualmente em construção, conseguimos criar as condições para que o ACES da Lezíria dotasse o Posto de Saúde da Glória do Ribatejo de mais médicos, quando há menos de um ano o teve de encerrar quando o único clínico que ali prestava serviço foi de férias. Não desistimos ainda de tentar reabrir os postos de saúde de Muge e do Granho pois sempre foi nossa intenção garantir aí, pelo menos, um ou dois dias por semana, de atendimento médico.
  4. A nossa acção permitiu minimizar o impacto nas nossas freguesias da denominada Lei Relvas. Aquela legislação reduzia a metade o número das nossas freguesias, determinando a união do Granho a Muge, a união da Glória do Ribatejo a Marinhais e a união dos Foros de Salvaterra a Salvaterra de Magos. Conseguimos com a pronúncia da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos ficar com 4 freguesias.
  5. Conseguimos, insistindo que era uma injustiça, pôr cobro a parte da punição financeira  a que o executivo da Câmara sujeitou a Junta de Freguesia de Marinhais retirando-lhe em 2012 (e ainda em 2013) o que antes lhe atribuía, quando a governação daquela autarquia estava entregue ao BE. A Junta de Freguesia apesar de ver reduzida pela Câmara, em 36.000€, a sua capacidade de investimento conseguiu continuar, pelo menos, a honrar os seus compromissos, entre os quais continuar a pagar à Segurança Social a dívida que foi deixada pelo anterior executivo bloquista.
  6. Convencemos a maioria no executivo, nas pouquíssimas reuniões de trabalho que fomos tendo, a incluir no Plano e Orçamento da Câmara várias intervenções, entre elas, a pavimentação do acesso às garagens no B. Chésal e a elaboração dos projectos para as infraestruturas da Zona da Coitadinha (área de expansão da vila de Salvaterra de Magos), o pluvial na Zona Central de Marinhais, a pavimentação da R. da Pereira na Glória do Ribatejo, o arranjo urbanístico (lancis, passeios e estacionamentos) ao longo da EN 114-3 na Várzea Fresca, a infraestruturação de um terreno industrial em Muge, a aquisição de um terreno para Área Empresarial próximo do nó da A13 e de um outro para a Zona Desportiva também dos Foros de Salvaterra, a requalificação da escola e jardim-de-infância do Granho. Infelizmente estas intervenções previstas nos Planos e Orçamentos da Câmara ao longo deste mandato acabaram por não se realizar.
  7.  Conseguimos alertar as populações para a inexistência de uma política municipal que garantisse a regular conservação da rede viária municipal, daí o estado deplorável a que chegaram as nossas estradas. Só a tentativa de ajudar a candidatura autárquica do BE nas próximas eleições levou a Câmara a agir, reparando algumas vias a menos de 1 ou 2 meses do início da campanha eleitoral. Isto não é cuidar do dia-a-dia, é eleitoralismo.
  8. Conseguimos ainda terminar o mandato com a convicção de que cumprimos o que estava ao nosso alcance, que mantivemos as pessoas diariamente informadas sobre a vida no concelho e na autarquia, e que nos esforçamos bastante, dia após dia, ao longo de 4 anos, para promover o concelho e divulgar (e aplaudir) o que de bom vai sendo feito, em regra de modo gracioso, pelas nossas colectividades e IPSS.

A todos os que nos ajudaram a chegar até aqui deixamos o nosso agradecimento. Qualquer que venha a ser a decisão no dia 29 de Setembro, nós – e muitos outros autarcas socialistas também - daremos sempre por bem empregue o tempo e a dedicação que colocámos ao serviço do concelho de Salvaterra de Magos e das suas freguesias.

(Texto integral da intervenção feita pelo vereador socialista Helder Esménio na reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos de 21 de Agosto de 2013) 

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