Há
cada vez mais relatos de encontros com alforrecas em todo o mundo, e o
aquecimento global – e dos oceanos – poderá estar ligado a este facto. De
acordo com o director do programa de biodiversidade da MCS (Marine Conservation
Society), Peter Richardson, “à medida que as nossas águas ficam mais quentes, o
número de visionamentos de alforrecas – ou medusas – aumenta”.
“Há
algumas provas que o número de alforrecas está a aumentar em vários locais de
todo o mundo, ainda que alguns cientistas acreditem que o número de alforrecas
aumente e diminua a cada 20 anos”, explicou o responsável.
De
acordo com Richardson, as alterações climáticas, poluição e pesca excessiva
também contribuem para esta situação.
“Devemos
considerar as populações de alforrecas como indicadores importantes do estado
dos nossos mares, e o nosso estudo ajuda a dar-nos alguma informação para
percebermos mais sobre estas”, explicou o investigador.
A
MCS está a pedir aos banhistas para reportarem todos os visionamentos de
alforrecas, que são um barómetro do que se está a passar no Oceano. No entanto,
as pessoas devem manter-se afastadas e evitar tocar nelas.
Em
Junho, milhares de alforrecas invadiram a costa mediterrânea, afectando as
férias de Verão de turistas e locais.
“Ainda
sabemos relativamente pouco das alforrecas, mas elas são cada vez em maior
número, o que diz muito da saúde dos nossos mares”, concluiu Rochardson.
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