(Chamusca)
A posição assumida na última Assembleia
Municipal de Salvaterra de Magos em que foi rejeitada a realização de um
referendo local (sugerido pelo Bloco de Esquerda) para
perguntar à população do nosso concelho se a Assembleia Municipal se devia ou
não pronunciar sobre a agregação de freguesias, foi a mesma que tomou a Assembleia Municipal da Chamusca, município
que, tal como nós, integra a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.
Mantendo
o BE - na Chamusca e em Salvaterra de Magos - exactamente a mesma pergunta a
referendar, a resposta daquela Assembleia Municipal coincidiu com a que no
nosso concelho tomámos. Votaram contra a realização de um referendo que nada
decide e seria apenas um faz-de-conta a CDU (a forma maioritária na Chamusca),
o PS e o PSD/CDS.
NOTÍCIA
DISPONÍVEL EM
Fica
claro para todos que a nossa opção é comum a outros concelhos da região, o que de algum
modo evidencia que - ao contrário do que o BE procurou fazer crer - nós não
estamos isolados da realidade que nos envolve e que estamos apenas a tentar fazer pelas
nossas freguesias o melhor que a Lei 22/2012, a ser aplicada pela Assembleia da
República, nos permite.
o BE recebiu ordens dos camaradas de lisboa do comité central e cumprem em todo o pais sem pensar!! referendos faz de conta.
ResponderEliminarObedientes mas sem cerebro!!
Parece que não é apenas o BE que quer referendos há mais .....
ResponderEliminarSó que o BE tem uma posição a nivel Nacional, outros têm conforme está o vento; não é!!!!
Sim caro anónimo, lamentavelmente alguns autarcas do BE são meras "correias de transmissão" do BE a nível nacional. Os autarcas são eleitos por um colégio eleitoral que os escolheu para o representar e defender os interesses das populações e não para eles repetirem localmente o que o comité ou os dirigentes nacionais dizem (e/ou fazem). Para isso são as eleições legislativas.
ResponderEliminarA forma como o BE trata alguns dos seus autarcas, ou o modo como estes se deixam ser tratados, não difere muito daquilo que alguns governantes deste País entendem ser o Poder Local. Para alguns ministérios as autarquias são meras direcções-locais do ministério da administração local, creio que no caso do BE se fala antes em "coordenadoras" locais.
É natural que nos outros partidos - até porque têm uma prática democrática mais longa - surjam autarcas em Salvaterra de Magos que pensem e façam diferente de autarcas em outros concelhos. Sabe é por isso que existem eleições locais e não apenas nacionais. Como parece depreender-se das suas palavras teríamos apenas eleições nacionais e depois teríamos os "delegados" do partido a implementar as decisões no terreno. Algo separa os que acreditam na democracia representativa e nos diferentes níveis de administração dos que defendem gestões totalitárias ou tuteladas, mesmo quando disfarçadas de democracia popular!
O PS a nível nacional votou contra a Lei 22/2012. O PS a nível nacional não vai designar deputados para a Unidade Técnica da AR que vai propor a agregação das freguesias.
Os autarcas socialistas em Salvaterra de Magos manifestaram-se sempre contra a lei que reduz administrativamente as nossas freguesias. Entenderam, no entanto, desde o dia 31-5-2012 - data em que entrou em vigor esta lei - que a melhor maneira de servir a população do n/ concelho seria evitar que ficássemos apenas com 3 freguesias, independentemente do que outros autarcas possam fazer nos seus concelhos. Cada município é uma realidade. Cada município é um colégio eleitoral. A nossa obrigação é, nas circunstancias que existam, melhor defender os interesses da n/ população, mesmo que eles fossem - e não são, neste caso - contra os interesses dos partidos.
É isso que faz a diferença entre autarcas e dirigentes partidários. Com o tempo talvez venha a entender a diferença!
O Blog é seu e publica o que quer. Mas censurar comentarios que apenas visam alargar o debate é, digamos, censurar ideias criticas.
ResponderEliminarFalo da questão de Ourém, em que é o PS local que assume a mesma posição que o BE a uma proposta de pronuncia do PSD local. Ao contrário do que o seu titulo indica, a AM da Chamusca apenas chumbou a proposta de referendo do BE (mais uma derrota), não se pronunciando sobre a Lei ao contrário de Salvaterra.
Cumprimentos
Sugiro que leia o meu comentário anterior.
ResponderEliminarSó podemos comparar o que é comparável. O BE Nacional defende aqui, em Salvaterra, e na "China" a realização de um referendo local em que - como tenho dito repetidas vezes - nada de relevante se decidiria.
Só comparo as decisões porque aqui e "lá" a pergunta a endossar ao povo é a mesma - deve ou não a AM pronunciar-se?...
Pergunta igual permite, de algum modo, comparar posturas. Em Salvaterra e na Chamusca ambas as Assembleias Municipais votaram contra. Era, no entanto, admissível que tal não sucedesse, pois são ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS que só representam os interesses das populações e cada autarca faz a avaliação desses interesses no seu concelho.
A coincidência de posições na questão do referendo revela apenas que a decisão da n/ AM não é única.
O que já não é comparável é o que pretende comparar. As situações são diferentes de concelho para concelho, como bem sabe. Repare, se pela aplicação da Lei, nos sucedesse ficar com 4 freguesias e não com 3, talvez os autarcas socialistas (e outros certamente) tivessem optado pela não pronúncia. As circunstâncias são o que são e elas diferem de caso para caso.
Como posso eu avaliar, criticar ou julgar o que faria se estivesse em Ourém ou noutro concelho?! Aqui conheço a realidade, o que sucede se agir de um ou outro modo, conheço muitas pessoas e sei que a maior parte delas prefere que preservemos o maior número possível de freguesias. Noutras paragens terão de ser os autarcas de lá a decidi-lo.
Queria sublinhar o que já disse antes - as eleições locais têm essas características, são locais. A postura e a coerência tem de ser avaliada localmente, autarca a autarca. Extrapolar para o todo nacional o somatório de posturas e de decisões locais é um erro que não respeita, principalmente, o poder local. Essas generalizações são regra geral - e não sei se será o caso - praticadas por quem centra a actividade política numa estrutura partidária.
Admito que quem está na política está por convicções, associa-mo-nos por princípios ideológicos, mas alguns de nós não são "seguidistas", pensam pela sua cabeça, debatem, convergem e divergem, centram as suas decisões naquilo que considerem ser o melhor para as populações que os elegeram e não para as estruturas que representam... e, para além de tudo o mais, esta problemática não é apenas de ideário político mas muito também de estratégia(s).
Poderia neste texto ter comparado, por exemplo, a postura da CDU Salvaterra (pró-referendo) com a postura da CDU Chamusca (contra o referendo), mas não o fiz, porque entendo que os autarcas de um e outro lado terão tomado a decisão que julgaram melhor serviriam as populações que representam. Limitei-me a reproduzir uma notícia em que duas AM confrontadas com a mesma pergunta de referendo decidiram de modo análogo. Obrigado pela oportunidade.