domingo, 8 de julho de 2012

AQUECIMENTO GLOBAL – SIM, NÃO, TALVEZ?!...


Há notícias que pela sua coincidência no tempo e pelo seu teor aparentemente contraditório que nos devem fazer reflectir. Vamos continuar atentos ao tema do Aquecimento Global.

Em apenas algumas décadas os arbustos da Tundra no Ártico estão a dar lugar a árvores em resultado do Aquecimento Global, dando origem a áreas de floresta. Os investigadores finlandeses em parceria com investigadores da Universidade de Oxford alertam que a replicação destas áreas florestais na região pode acelerar definitivamente o Aquecimento Global.
Os estudos da vegetação foram realizados na Tundra da Sibéria até à Finlândia, através de dados de satélite e dados de campo, que indicam que nos últimos 30-40 anos as áreas do género Salix e Alder desenvolveram árvores com alturas superiores a 2 metros, em vez do porte arbustivo característico nesta região.
Modelos de impactos das alterações climáticas utilizados permitem concluir que o avanço da floresta nesta região tem ainda potencial para aumentar o aquecimento do Ártico em 1-2 graus Celsius até ao final do século XXI, devido ao facto das árvores crescerem acima do nível da neve e assim aumentarem a absorção de luz que seria reflectida num coberto de neve sobre arbustos.
Os investigadores envolvidos consideram que esta reacção da vegetação é uma grande surpresa. Esperava-se que a região fosse sendo progressivamente colonizada por árvores da floresta Boreal, com as coníferas e bétulas, no entanto, e num processo muito mais rápido, os salgueiros e bétulas da própria região começaram a atingir o porte arbóreo. 
Ao longo do tempo em que tenho trazido a este espaço algumas das preocupações ambientais que afectam a nossa vida, é-me cada vez mais evidente, por alguns textos que li, que existem uma espécie de duas correntes entre os investigadores que tratam e escrevem sobre estas temáticas. Por um lado, perdoem-me a simplificação, os ambientalistas que buscam na evolução dos dados climáticos a comprovação das teorias ambientais que defendem, procurando influir os governantes de que a manutenção do status quo acarretará consequências para a humanidade que poderão estar perto do ponto de irreversibilidade. Por outro, temos os climatologistas, alguns deles questionando a “leviandade” com que se estabelecem “modelos” e se retiram conclusões.
Ajudaria muito que uns e outros se entendessem, talvez a realidade se venha a situar entre as posições que uns e outros preconizam. Mas importa ter cautela, pois se o pior cenário se confirmar, não haverá tempo para um Plano B. O melhor é prevenir!... 


Antigos modelos que sugeriam que a perda de gelo na Antárctica oriental era muito grave, foram comparados pela primeira vez com a realidade, e foi descoberto que, não só estão errados, como não há perda de gelo.

“Os anteriores modelos do oceano… previram temperaturas e taxas de degelo que são demasiado elevadas, sugerindo uma perda significativa de massa nesta região que não está realmente a acontecer”, disse Tore Hattermann da Norwegian Polar Institute e membro de uma equipa que obteve medições directas abaixo da plataforma de gelo Fimbul no leste da Antárctica.

Os cientistas também complementaram os seus dados com a recolha de informação a partir de um projecto de biologia, a Marine Mammal Exploration of the Oceans Pole to Pole (MEOP).

De um modo geral, e de acordo com a equipa, os dados mostram um “estado estacionário da massa” na Antárctica oriental, ou seja, não existe perda de gelo. A pesquisa foi publicada na revista Geophysical Research Letters. 

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