Num
absurdo comunicado – que adiante se publica -
recentemente distribuído no concelho, o BE Salvaterra de Magos afirma: “O Bloco compromete-se a lutar até ao fim por
todas as freguesias, sem ceder às chantagens que o governo do PSD colocou na
lei, para obrigar os municípios a fazer o trabalho sujo de indicar as
freguesias para extinção. O governo que o faça, (…)”.
1.O BE
começa por faltar à verdade
Quem
aprovou e tem de aplicar a Lei 22/2012 é a Assembleia da República (AR) e não o
Governo, um pormenor que faz toda a diferença, pois já foi votada e constituída
a Unidade Técnica que vai apresentar à AR as propostas de agregação das
freguesias. O BE sabe-o mas preferiu fingir que não sabe.
2.Consequências
da posição (irreflectida ou irresponsável) BE
A
aplicação da Lei pela AR (ou pelo Governo, como diz o BE no seu comunicado)
reduz, se não houvesse pronúncia da Assembleia Municipal (AM), de 6 para 3 o
número das nossas freguesias.
O
BE queria - pela sua inacção - ser cúmplice e carrasco de metade das nossas
freguesias – do Granho, dos Foros de Salvaterra e da Glória do Ribatejo,
freguesias que seriam unidas a Muge, Salvaterra de Magos e Marinhais, ficando
estas últimas com as sedes das agregações. O PS de Salvaterra de Magos tenta
impedi-lo, daí que tenha aprovado uma solução de pronúncia na AM que tenta
manter 5 das nossas freguesias e que, na pior das hipóteses, salvaguarda 4
freguesias e não apenas 3.
3.O BE
dá o dito por não dito
Numa
recente conferência de imprensa e no blogue do BE
Salvaterra de Magos afirma-se, contrariando o que diz em comunicado: “O Bloco de Esquerda reforça a sua intenção de
apresentar uma solução de pronúncia, dando resposta à lei 22/2012 de
extinção/fusão de freguesias, respeitando o seu compromisso com a população do
concelho de Salvaterra de Magos”. Fica demonstrado que até o BE sabe
que a única solução válida é a pronúncia da AM, mas agora prefere afirmar o seu contrário.
Isto é um lamentável ziguezaguear político!
4.O BE
manipula os factos e a realidade
Naquilo
que é de há muito uma estratégia BE, que opta sempre pela intriga e a má-língua, ao invés de assumir as suas responsabilidade e de "fazer", o BE no seu comunicado omite das
populações que a Lei está em vigor desde 31 de Maio de 2012.
O
BE não diz às populações que uma petição mais não causa que um debate na AR,
não tem qualquer efeito sobre a Lei, nem sequer origina uma deliberação dos
deputados.
O
BE esconde das populações que o referendo que queria não seria para permitir
que as pessoas dissessem que solução de agregação escolheriam, mas apenas para
as questionar se a AM se devia ou não pronunciar. Ou seja, seria um referendo
para dizer que se fez, um referendo a fingir, um referendo absolutamente
irrelevante. Não se faz um referendo local para permitir que as pessoas digam
se querem a pronúncia da AM e que se preserve, pelo menos, 4 freguesias, ou se
não querem a pronúncia da AM e que fiquem apenas 3 freguesias. O BE está a brincar com as pessoas!
O
BE sabe que a pronúncia da nossa Assembleia Municipal - cuja redacção final se
tem ainda de preparar – não é senão um Plano B, uma solução de recurso, a que
deitaremos mão se até ao fim do prazo legal para a pronúncia da AM a maioria
PSD/CDS não “arrepiar” caminho. O BE sabe, já lhe foi dito, mas não o quer
reconhecer publicamente… falta-lhe em seriedade política o que lhe sobra em
“manobras de diversão”!...
Preferimos não comentar o conjunto de interpretações da lei que o BE produziu no texto acima, as quais demonstram bem a impreparação ou a má-fé dos seus autores.
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