sábado, 11 de janeiro de 2014

JANELAS DE ESPERANÇA


A China é talvez um dos estados que mais contribui para a poluição do planeta e para as subsequentes alterações climáticas.
Com efeito as economias emergentes, carentes em energia a baixo custo, recorrem massivamente a combustíveis fósseis como o carvão e isso tem custado às respectivas populações problemas de saúde que se prendem com a baixíssima qualidade do ar, com especial ênfase para as cidades mais populosas.
O caminho que agora parece estar a ser "experimentado" e de que a notícia seguinte faz eco, pode vir a ser uma das soluções energéticas de aquele país que alberga quase 20% da população mundial parece carecer. Não é apenas uma questão de fé, é uma inevitabilidade, pois sem alterar o paradigma energético os seres humanos terão dificuldade em subsistir.


Em 2009, a China anunciou que ia construir a maior central fotovoltaica do mundo, no deserto da Mongólia. Para a edificação da obra – um projecto com a capacidade instalada de dois mil megawatts – escolheu uma empresa norte-americana, a First Solar.
No final de 2013, o Governo chinês anunciou a construção da segunda central fotovoltaica, agora com uma capacidade instalada de mil megawatts na região remota de Xinjiang e desta vez a obra foi comissionada a uma empresa chinesa, a Trina Solar, refere o Quartz.
Nos últimos dois anos, a China emergiu como um dos maiores mercados para os painéis fotovoltaicos sendo, paralelamente, um centro mundial do fabrico destes equipamentos. Numa tentativa de aliviar os elevados graus de poluição das grandes cidades, o Governo traçou objectivos bastante ambiciosos no que concerne às energias renováveis para este ano – nomeadamente a construção de dez mil megawatts em painéis solares.
Este novo projecto de energias renováveis deverá ser construído durante os próximos quatro anos, com os primeiros 300 megawatts a estarem concluídos em 2014. Esta capacidade representa 12,5% da capacidade anual de produção da Trina. Em 2012, o mercado chinês representou quase 13% das receitas totais da empresa e para este ano a Trina projecta que as receitas do mercado interno representem 30% dos ganhos.
Ainda que os projectos da China para as energias renováveis sejam ambiciosos, a construção de centrais fotovoltaicas em regiões desertas, com populações de cerca de 570 mil habitantes dificilmente aliviará a poluição das grandes cidades.

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