A
dimensão do desemprego no nosso concelho não pode deixar ninguém tranquilo, daí
que publiquemos de seguida um interessante artigo sobre oportunidades para
instalar pequenos negócios.
Não
acreditamos em soluções fáceis, queremos tão somente passar alguma informação
que está disponível e que pode ajudar à tomada de uma decisão. Criar o próprio
posto de trabalho e/ou ser empreendedor são opções que cada vez mais se colocam
a quem está imactivo.
O
estudo "Estratégia para a promoção do emprego e a dinamização do
desenvolvimento local, enquanto fator de inclusão social", que será hoje [dia
18 de Junho]
divulgado no seminário "A Economia Social, o Emprego e o Desenvolvimento
Local", lança o desafio de "retomar uma economia de serviços
tradicionais que foram ultrapassados pelo self-service".
"Algumas
experiências de sucesso mostram que há algumas oportunidades de negócio que
podem responder a necessidades concretas preferencialmente vocacionadas para
agregados familiares de rendimentos superiores ou para dar resposta a uma
sociedade que envelhece", refere o estudo, a que Lusa teve acesso.
As
ideias para novos empreendimentos sociais resultaram de um levantamento
socioeconómico e económico-ambiental e da identificação dos interesses da
comunidade, como o objetivo de "tornar as pessoas excluídas protagonistas
do seu processo de inclusão, com projetos de negócios associados aos bairros ou
locais onde vivem".
No
estudo são identificados alguns setores com potencial de construção de negócios
locais: "Ambiental e verde", "florestal e agrícola",
"cultural", "serviços de apoio", "reabilitação de
edifícios e património cultural edificado" e "cuidados à família e
domicílios".
Nos
bairros podem ser desenvolvidos pequenos negócios associados ao comércio
tradicional, como minimercado, padaria, lavandaria, mas também de oferta de
ofícios tradicionais para fora do bairro, designadamente dispor de uma
instalação de utilização partilhada pelos diferentes ofícios, especialmente de
serralharia, carpintaria e pintura.
Amas
que desenvolvem a atividade em casa ou noutro local, a criação de uma empresa
de inserção com serviços de gestão dos condomínios, dos espaços públicos nos
bairros críticos, serviços de apoios às famílias (cuidar de idosos, limpeza
doméstica, culinária, reparações, jardinagem), são outras ideias apontadas no
estudo.
No
âmbito da responsabilidade social, sugere serviços patrocinados por empresas
para apoiar a criação de empregos para pessoas com baixas qualificações.
Nesse
sentido, lança um desafio às "grandes empresas" de combustível para
voltarem a colocar funcionários a abastecer as viaturas e recuperar o serviço
de lavagem manual.
Aos
empresários da hotelaria e das grandes áreas comerciais lança o repto para que
incluam o serviço de engraxador nos seus espaços.
"Nos
centros comerciais, um ponto de engraxador do tipo que se encontra em outras
cidades no estrangeiro podia assegurar um rendimento aceitável a grupos de
engraxadores", defende.
A
venda ambulante em pequenos carros com o "selo" de negócio justo é
outra proposta apresentada no estudo, que lembra a tradição em Lisboa da venda
de castanhas, gelados e fruta de época. Contudo, há várias oportunidades que
devem ser consideradas.
Uma
variante pode ser a venda de "snacks" saudáveis perto de escolas,
hospitais, estações de comboio, que pode ser patrocinada pelas "grandes
superfícies" e pelas autarquias, viabilizando uma rede de negócio social.
Um
motorista para quem teve de deixar de conduzir pode ser uma oportunidade de
negócio, refere o estudo, apelando às empresas de transportes rodoviário e
transitários para apoiarem a organização de um centro de serviços de motorista
qualificados.
Salvaterra ajudará quem quiser estabelecer-se numa destas profissões? Que propostas tem para tornar esta ajuda realidade caso seja eleito presidente da C.M.S.M.???
ResponderEliminarDesculpe o atraso na publicação e na resposta mas...
EliminarEu não tenho grandes ilusões quanto à possibilidade de se virem a fixar grandes empresas no nosso concelho. Em regra há Municípios com muito maior dimensão e capacidade para garantir esses investimentos. Daí que penso que muito do n/ emprego vai ter de passar pela capacidade empreendedora de alguns dos n/ cidadãos e também da capacidade que cada um tenha de criar o seu posto de trabalho.
Com este enquadramento julgo que faria sentido o que defendi há 4 anos de se criar um Centro Incubador de Empresas onde seriam disponibilizados espaços e apoio(s) administrativo e/ou jurídico às recém-criadas estruturas de produção, como forma de baixar os seus custos iniciais e dar-lhes tempo para se desenvolverem e ganharem "expressão". Tinha pensado para isso no edifício ex-Fabrica de papel. Infelizmente a actual gestão camarária conseguiu fazer o pior possível. Transferiu para lá Serviços Municipais, cada vez com menos funcionários no terreno, a fazer, mas manteve o barracão e o espaço envolvente na Rua do Rossio (centro histórico) da vila, mantém o armazém e instalações oficinais junto à GNR, etc.
Ou seja não resolveu problema algum significativo e julgo que impediu a solução que defendíamos pois foi feito gasto dinheiro a adaptar a ex- Fábrica de papel... lamentável!
É por isso - e para ser sério - que neste momento me limito a dizer que mantenho essa intenção mas vou ter de estudar a localização, até porque até às eleições o actual executivo camarário do BE parece estar a atribuir à pressa, sem qualquer critério ou regulamento aprovado, os edifícios escolares que ficaram disponíveis.
Se viermos a merecer a confiança dos eleitores temos pois de ver o que ocorreu entretanto, pois parece não haver qualquer pudor nesta matéria.
Além dos apoios que referi é nossa intenção baixar a taxação municipal e os custos do licenciamento que incide sobre a instalação de empresas e de negócios que criem emprego.
A valorização do turismo e de actividades ligadas à tradição e à cultura poderá ajudar a criar alguns postos de trabalho ligados ao artesanato, às actividades que promovam e organizem eventos correlacionados com o ambiente, a natureza...
É claro que vamos privilegiar os contactos extra-concelhios com associações empresariais, nichos de mercado,... vamos tentar estar atentos aos programas comunitários e vamos estar nas reuniões de trabalho que possam gerar mais-valias... A nível micro vamos querer ajudar os que buscam emprego, ajudando-os na busca activa de emprego, criando acções e valorização ou de aperfeiçoamento profissional, para o que precisamos da ajuda do IEFP... Vamos tentar contribuir para a dignificação de actividades económicas como a agricultura e a produção de vinho... Caro EA a sua pergunta tem 2 linhas e tenho a sensação de ter dito muito pouco, mas fique tranquilo, se por acaso vier a merecer a confiança maioritária dos eleitores do concelho, não deixarei de o ouvir e tentar "sacar" de si os contributos que nos possam ser úteis. Obrigado.
Fiquei satisfeito com a valia das suas propostas. Possuem conteúdo e apontam o caminho a seguir.
ResponderEliminarPeço imensa desculpa pela a invasão mas não posso deixar de comentar.
ResponderEliminarHá muito tempo que oiço promessas de apoio á criação de emprego. E não vejo nada!
Estudei 3 anos para um curso que nem vagas neste conselho tem, é lamentavel. E quando pensei abrir a minha propria empresa não consegui, não há apoios nem por parte do IEFP ou pela Camara. Fico triste com esta situação, pois a minha area de estudos é bastante util na sociedade!
Com efeito a Câmara Municipal tem estado muito desatenta! Vamos procurar, se formos os escolhidos, fazer a abordagem duma forma mais pro-activa, embora saibamos que têm de ser as pessoas a empreender, a decidir arriscar, a investir. O nosso papel não é criar empregos públicos, o nosso papel vai ser tentar facilitar o arranque do negócio, baixando os custos iniciais do investimento - com alugueres de espaços e despesas administrativas - na expectativa de que o negócio ganhe dimensão e rentabilidade e depois consiga manter-se sem esta pequena ajuda do Município. Vamos pelo menos tentar, o futuro dirá se temos (ou não) algum sucesso. Se nada fizermos nada acontecerá!...
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