Com
quase metade dos jovens do país desempregados tudo o que possa ser feito para
lhes aumentar as hipóteses de emprego é positivo. Para muitos deles,
infelizmente, o único caminho que está ao seu alcance é emigrar, o que deixa
Portugal, um país de muito baixa natalidade, cada vez mais envelhecido!...
Empurrados
pela crise os jovens vão fazendo os estágios profissionais que lhes vão sendo
propiciados, mas a maioria acaba por se confrontar com o seu terminus sem
oportunidade de ficar e aí recomeçam os problemas. É muito difícil ser-se hoje
jovem, querer realizar-se pessoal e profissionalmente, e tudo contraria essa
vontade!...
O "Movimento para o
Emprego" foi lançado esta semana pela Fundação Gulbenkian, a COTEC
Portugal, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional
(IEFP). O objectivo é conseguir até 2014 uma oferta de cerca de cinco mil
estágios remunerados para jovens qualificados em várias empresas que operam em
Portugal. A medida surge numa altura em que mais de 140 mil jovens licenciados
estão desempregados e que o desemprego jovem está acima dos 40%, segundo os
últimos dados do INE. Saiba aqui como se pode candidatar ao novo programa.
1. Quantos estágios estão já
assegurados ao abrigo desta iniciativa? Segundo dados avançados pela Fundação
Gulbenkian e pela COTEC Portugal, são já 108 as empresas que aderiram ao
Movimento para o Emprego, com uma oferta global de 3.205 estágios. A empresa
com maior número de vagas é a Nokia Siemens, que está a oferecer mais de 300
estágios. Há ainda onze empresas cuja oferta ultrapassa as 100 vagas.
2. Quem se pode candidatar
aos programas de estágios? A iniciativa é dirigida a jovens qualificados até
aos 30 anos de idade. Assim, quem tem uma licenciatura, um mestrado ou doutoramento
poderá concorrer aos programas de estágios. Para isso, terá de estar inscrito
nos centros de emprego do IEFP. A candidatura poderá ser feita directamente nos
centros do IEFP ou pela Internet (http://movimentoparaoemprego.iefp.pt).
3. Qual a remuneração
oferecida ao estagiário? De acordo com o presidente do Conselho de
Administração da Fundação Gulbenkian, Artur Santos Silva, a remuneração será de
cerca de 800 euros por mês, incluindo subsídio de refeição. O estágio tem a
duração de um ano
4. Há garantia de emprego
nas empresas que aderiram ao Movimento? Cada estágio tem a duração de um ano,
não havendo qualquer garantia de empregabilidade. O objectivo, segundo os
promotores da iniciativa, é o aumento das qualificações bem como aumentar as
possibilidades de inserção profissional numa altura em que o desemprego atinge
cerca de 140 mil jovens licenciados.
5. Como será financiado? O
estágio será financiado em 80% por fundos públicos, sobretudo fundos
comunitários e o restante encargo caberá à empresa.
6. Que empresas aderiram já
ao movimento? Entre as 108 empresas que estão a oferecer estágios contam-se
várias instituições financeiras, como a Caixa de Depósitos (CGD), o Millennium
bcp ou o BES. Integram ainda a lista das empresas a Microsoft, a Nokia Siemens,
o Ikea, os CTT, a Refer, a REN, a CP ou a Cruz Vermelha. Há ainda várias
fundações a oferecerem estágios, como por exemplo, a Fundação Champalimaud ou a
Fundação Oriente. Os promotores da iniciativa esperam que mais empresas venham
entretanto a aderir.
7. Que tipo de estágios
estão a ser oferecidos? Segundo o site do Movimento para o Emprego, as ofertas
são de várias áreas: engenharia, psicologia, sociologia, contabilidade, gestão,
marketing, entre muitas outras, de empresas situadas em vários pontos do
país.
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