Tal como ontem afirmámos, reproduzimos hoje a intervenção do candidato à presidência da Câmara Municipal de Salvaterra Magos, Helder Manuel Esménio, que lidera a candidatura autárquica do Partido Socialista (PS).
Boa
tarde a todos.
É
com muita satisfação e com muita confiança no futuro que TODOS aqui estamos.
Obrigado por terem vindo.
Obrigado
a todos vocês que vieram para ouvir, para conhecer e nalguns casos, espero que
a maioria, para apoiar J.
Mas
o que verdadeiramente importa é que vocês se importam com o nosso presente, com
a condução dos destinos do nosso concelho. Por isso deram-se ao incómodo de
vir.
Mesmo
aqueles que aqui possam estar e que ainda estejam hesitantes, quero que saibam
que faremos o possível para demonstrar que as nossas ideias e as nossas equipas
serão merecedoras da sua confiança.
E
falando em equipas… obrigado também às dezenas e dezenas – algumas centenas –
de cidadãos do nosso concelho que emprestam o seu saber, o seu nome e até a sua
foto a esta candidatura. Agradeço também aos que o fizeram em 2009.
Falo-vos
dos candidatos, mas também da Comissão de Honra onde estão a Fátima Montemor, o
Mário Rui Santana e tantos outros. Permitam-me destaque, ainda, o entusiasmo de
quem aderiu à Comissão de Juventude… e o trabalho de mobilização não vai parar.
Faremos
a apresentação do secretariado desta Comissão de Juventude daqui a 15 dias, dia
29 de Junho, num jantar onde apresentaremos ainda os nossos candidatos à
liderança das Juntas de Freguesia.
Agradeço
ao Partido Socialista o facto de terem voltado a confiar em mim para liderar,
como independente, a sua candidatura a esta autarquia.
Mas
isto não é o projecto de um homem só, por isso chamo para aqui, para junto de
mim, alguns daqueles que vão protagonizar comigo a candidatura à Câmara Municipal.
Chamo
aquele que será, se vencermos as eleições, vice-presidente da Câmara e o
vereador responsável pelas obras municipais e, também, por articular a sua execução
com as Juntas de Freguesia. Chamo o João Batista de Oliveira, actualmente o
Presidente da Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo.
Chamo,
de Marinhais, a professora de yoga e empresária, que assumirá, no caso de
vitória, as pastas da educação e da cultura, áreas em que teremos de fazer
muito mais e melhor. Chamo a Helena Neves.
Dos Foros
de Salvaterra, vem um psicólogo, actualmente a trabalhar na área administrativa
e de recursos humanos de uma superfície comercial do concelho. Paulo Cação.
De
Muge vamos ter o Fernando Adriano, proprietário de um café no B. Cova da Faia que
por motivos profissionais não está hoje. E do Granho vem uma professora
actualmente desempregada, como tantas outras, infelizmente. Nélia Gaspar.
As
nossas listas têm ainda muitos outros nomes de que vos iremos dando conta à
medida que formos apresentando no terreno as nossas equipas às Assembleias de
Freguesia, à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal.
Não
posso deixar de agradecer aos autarcas dos concelhos vizinhos que puderam vir.
Um abraço e boa sorte para as suas disputas eleitorais.
Não
posso esquecer o António Gameiro, deputado e líder distrital do PS, que nunca
escamoteou incentivo e apoio a esta candidatura.
Um
último agradecimento a Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS, que aqui quis
estar connosco. Obrigado a todos e aos muitos que não pude referir.
Mas quem
hoje nos visita fez muito bem em vir, pois chegaram a um concelho que recebe
bem, muito bem aliás.
Terminam
amanhã as Festas do Foral, dos Toiros e do Fandango que começaram no passado
fim-de-semana. Aproveitem por isso para ver as largadas de touros, para comerem
nas nossas tasquinhas o torricado com (ou sem) bacalhau e deixem-se surpreender
com as sardinhas de Salvaterra, a razão, em parte, para eu estar como estou J.
Mas
o concelho de SM é muito mais que as Festas de Verão que acontecem aqui, em
Salvaterra, em Junho, ou nos Foros de Salvaterra e no Granho em Julho, ou ainda
em Marinhais, em Muge e na Glória do Ribatejo no mês de Agosto.
O
nosso concelho tem também ricos campos agrícolas, vinho e vinha de qualidade, milho,
tomate, batata, cenouras, arroz e muitas outras culturas. O nosso concelho é
lezíria e charneca, e algum montado de sobro.
O
concelho de Salvaterra de Magos beneficia da bacia hidrográfica do Sorraia.
Temos
o Rio Tejo, as suas margens e os mouchões, que são ilhotas no meio do rio que
estão repletas de vida e onde as aves nidificam.
Temos
comunidades – em Salvaterra, no Escaroupim e no Sabugueiro – cujos rendimentos
ainda beneficiam da proximidade ao Rio.
O
nosso concelho tem também a albufeira da Barragem de Magos, um espelho de água
lindíssimo, que fica entre a Várzea Fresca e o Granho Novo.
O
concelho de Salvaterra de Magos tem ainda matas e áreas florestais onde se
fazem caminhadas e passeios de bicicleta muito aprazíveis.
O
nosso concelho são também as pessoas, principalmente as pessoas, a nossa
gastronomia e doçaria. Temos restaurantes e ementas com qualidade.
O
concelho de Salvaterra de Magos é um concelho com história e tradição.
Estas são talvez “as marcas” que mais nos ajudam a identificar e a distinguir
dos outros. E a diferenciação, neste caso, é positiva, dá-nos identidade
histórica e cultural.
Foi
o rei D. Dinis que no final do século XIII e início do século XIV concedeu
foral a Salvaterra e depois a Muge. Tivemos um Paço Real de que nos resta a
Capela Real e as chaminés da antiga cozinha. Tivemos touradas reais, mantivemos
o Palácio da Falcoaria, um exemplar único na Península Ibérica.
O
folclore, a etnografia e o artesanato, os campinos, os touros e o cavalo, a
festa brava, os usos e os costumes destas gentes são um património
incalculável.
Estamos
a meia hora de Santarém, a capital de distrito, e à mesma distância da AML onde
vive mais de 1 milhão de portugueses.
Beneficiámos
na última década e meia de um conjunto de infraestruturas rodoviárias que nos
colocaram no mapa. Já não temos o estrangulamento que eram a ponte e o viaduto
de Benavente, que no passado foram uma das causas para não podermos ter
desenvolvimento industrial, uma vez que havia ali um obstáculo efectivo à passagem
de veículos pesados. Construíram as pontes Salgueiro Maia e a da Lezíria.
Deixaram no nosso concelho um nó de acesso à A13, que nos liga ao norte e à A1,
que nos liga ao sul e à A2, que nos liga ao Alentejo e a Espanha e à A6 e que
nos transporta para o Oeste através da A10.
Como
explicar então que com todas estas condições naturais, patrimoniais e de
localização, SM seja o concelho do distrito de Santarém onde a taxa de
desemprego é a mais elevada?!
Como
compreender que este concelho que está junto a Santarém e a Lisboa, seja um dos
50 piores do País - e de novo o último do distrito - em termos de
desenvolvimento económico e social e de qualidade de vida das suas populações?!
E
quem o diz não somos nós, quem o atesta é um estudo universitário (da UBI) que
envolveu a ponderação de 1/2 centena de indicadores estatísticos do INE.
Daqui
resulta que só uma governação da nossa Câmara Municipal muito displicente - ou insensível
aos problemas das pessoas - nos consegue arrastar para esta difícil situação.
Descemos 150 lugares em pouco mais de meia dúzia de anos.
Mais
do que identificarmos os culpados, por estarmos no último lugar, até porque eu
acredito, sinceramente, que os autarcas fazem sempre o melhor que sabem; nem
todos temos é o mesmo empenhamento, o mesmo saber, ou nos reunimos das melhores
equipas. Mas dizia eu, mais importante do que culpabilizar outros é estarmos
atentos e disponíveis para compreender a realidade, elaborarmos diagnósticos,
identificarmos problemas e dificuldades, aprendermos com o debate de ideias e
de soluções, definirmos caminhos e FAZER. É por isso que o lema da candidatura
é Fazer por todos nós.
É
que não é possível continuar a eleger autarcas que esquecem que só há
desenvolvimento se houver emprego, e que só há emprego se houver empresas, e que
estas precisam de empreendedores e estes só vêm e se fixam cá se tivermos vantagens
relativas quando comparam a nossa Câmara Municipal às que connosco concorrem e
ficam na nossa vizinhança.
Os
autarcas têm de estar mais preocupados em cuidar e representar as pessoas. do
que em assegurarem a sua reeleição, em manterem-se no Poder.
É indesculpável
que havendo sido previsto - e havendo dinheiro - nos Planos e Orçamentos da Câmara
em 2010, em 2011 e em 2012, para fazer repavimentações de estradas, a actual
gestão da Câmara Municipal tenha deixado as pessoas a sofrer - e a estragarem
os seus pertences - para que a actual
maioria pudesse beneficiar do facto de essas obras serem feitas apenas a 3
meses do início da campanha eleitoral. Isto é apenas um exemplo simples do
oportunismo político, de alguns autarcas que, infelizmente, nos conduziu a este
estado de coisas.
Já
começámos a reunir com as associações e as IPSS. Vamos reunir com
colectividades e com empresários locais ou com as associações que os
representam. Procuramos desta forma conhecer a opinião que uns e outros têm da
realidade e também do que pode ser feito pela autarquia, na visão dos
investidores e dos dirigentes associativos, para ultrapassar alguns
constrangimentos e agilizar procedimentos.
Construiremos
de modo participado e envolvente o Programa Eleitoral que levaremos a votos,
mas há algumas ideias base que julgo reunirão o consenso generalizado da
equipa, até porque algumas delas são compromissos que já assumimos.
- O Governo de Portugal e a maioria parlamentar que o suporta criaram uma lei cujo resultado final, para o nosso concelho, foi passarmos de 6 para 4 freguesias. Mas nós vamos manter a funcionar – queiram eles ou não – os 6 balcões das Juntas de Freguesia. Vamos manter os serviços de proximidade junto das pessoas. E vamos fazer mais, todos estes balcões passarão a ser também delegação da Câmara Municipal. Procuraremos assim diminuir o número de deslocações das pessoas aqui ao edifício da Câmara, poupando-lhes tempo e dinheiro. Já o assumimos publicamente, já o escrevemos e está nas actas das reuniões da Assembleia Municipal, os autarcas socialistas comprometem-se a tudo fazer para retornarmos às 6 freguesias, com a dimensão e o património que hoje têm. E talvez isso não demore assim tanto, pois acredito que uma nova maioria parlamentar possa anular esta lei injusta e desnecessária, pois não cumpre o objectivo de poupar dinheiros públicos e afasta ainda mais os cidadãos da política.
- A questão da saúde no nosso concelho, principalmente a falta de médicos, tem prejudicado muito a nossa gente e já levou ao encerramento dos postos de saúde de Muge e do Granho, concentrando na Glória do Ribatejo os poucos médicos disponíveis. Continuamos a acreditar que é mais barato ao País deslocar um médico, logo que o tenhamos, a Muge e ao Granho do que deslocar mais de 2.000 pessoas. A deslocação do médico poupa tempo e dinheiro gasto em transportes e em combustíveis pelos utentes daquelas 2 freguesias e evita que alguns tenham de sair do trabalho para acompanhar familiares de mais idade. A reabertura daquelas extensões de saúde garante maior qualidade e proximidade, melhor acompanhamento médico. E isso pode salvar vidas. Com tudo isto temos de explorar dois caminhos. Ou conseguimos reabrir os postos de saúde de Muge e do Granho, ou a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia, se vencermos, têm de conseguir garantir, àquelas pessoas, transporte semanal para irem à extensão de saúde da Glória do Ribatejo. Não vamos ficar de braços cruzados, nem apenas a dizer mal de tudo e de todos, preferimos agir e desse modo ajudar a resolver os problemas.
- O combate ao desemprego e os apoios sociais serão outras das nossas prioridades. Vamos procurar dinamizar a economia local, baixar os custos do licenciamento e as taxas municipais que incidem sobre o investimento e as empresas. A quem opte por tentar criar o seu posto de trabalho ou decida ser empreendedor vamos disponibilizar, caso necessitem, apoio administrativo, jurídico e logístico. A promoção turística do concelho pode ajudar a criar emprego, seja na vertente ambiental, na fruição da natureza, na preservação e estudo da biodiversidade, nos desportos náuticos e passeios no rio, na gastronomia, no artesanato, no vinho e noutros “produtos” locais – sejam eles de origem agrícola ou florestal, sejam de cariz histórico-cultural. Vamos ter de procurar como financiar a aquisição e a infraestruturação de um Parque Empresarial que devia localizar-se próximo do nó da A13, perto das 4 freguesias mais populosas do concelho, onde existe muita população activa desempregada. Será um objectivo de difícil concretização pois não se aproveitou o QREN para este investimento estruturante e porque ainda devemos, quase, 1 milhão de euros de um terreno com 10 ha comprado em Muge para fim semelhante, onde nada se fez em 4 anos.
- Outro dos compromissos que posso já assumir é que vamos ter autarcas sempre presentes. Vamos ter dias definidos de atendimento às pessoas, para os vereadores e para o Presidente. Não vamos adiar reuniões com os munícipes, com as associações ou com os empresários, como hoje sucede sistematicamente. Vamos criar o Gabinete do Munícipe que efectivamente receba, atenda e acompanhe as pessoas e que terá ainda a seu cargo, manter os interessados informados sobre a tramitação dos processos na Câmara Municipal. Vamos estar muito mais atentos.
- A educação, a cultura, o desporto e o envolvimento dos jovens nestas áreas, será outro dos eixos estratégicos da nossa proposta eleitoral e, se vencermos, da nossa acção política. Propusemos durante anos que se regulasse o apoio associativo para o tornar mais transparente. Não o fizeram nós vamos fazê-lo. Vamos criar também o Conselho Municipal da Juventude, cumprindo a Lei, ao contrário de quem hoje está na CMSM, pois nós não temos medo de ouvir e dialogar com os jovens, de conversar com eles sobre os problemas.
- A nossa Câmara Municipal não tem cuidado devidamente do dia-a-dia das pessoas, como está bem evidente no desleixo a que chegou a rede viária, nas falhas de recolha dos lixos e na limpeza das ruas. E até pela falta de acção no combate à deposição ilegal de entulhos e outros detritos nas matas e ao longo dos caminhos florestais. Vai ter de se fazer mais nestes domínios. O desleixo da actual governação da Câmara levou a não substituir os trabalhadores que se foram reformando e que estavam no terreno “a fazer”. E agora é o Governo de Portugal que nos cria limitações à contratação de pessoas. Faltam condutores de máquinas, jardineiros, cantoneiros, pedreiros, serventes… gente que faça.
Para
terminar deixem-me só fazer um sublinhado, pois as vozes do costume - e os
mestres da desinformação já tentam semear a confusão.
Connosco
não haverá despedimentos na Câmara Municipal, precisamos antes de contratar
quem saiba fazer e nos ajude a cuidar dos jardins, das estradas, dos passeios,
dos lixos, e até das pessoas.
Connosco
não haverá trabalhadores de 1ª ou de 2ª, haverá funcionários da administração
local.
Connosco
haverá Universidade Sénior e haverá apoio aos seniores mais carenciados. Tentaremos
constituir uma equipa muldisciplinar que nos centros de dia e lares, apoie o
dia-a-dia duma geração que trabalhou muito e que a Sociedade tende de algum
modo a esquecer, até por causa do alargamento dos horários de trabalho da
população que tem emprego..
Connosco
os temas da educação e dos jovens não serão tabu. Trabalharemos com os
agrupamentos de escolas do concelho e com a escola profissional de Salvaterra
de magos na tarefa de detectar situações de risco. Procuraremos, em conjunto,
combater o abandono escolar, promover a aprendizagem e o sucesso.
Connosco
haverá muito empenhamento e muito trabalho. Estaremos presentes e daremos a
cara nos bons e nos maus momentos.
Estou
plenamente convencido de que havemos de conseguir fazer mais e de fazer melhor.
Obrigado
pela vossa paciência.
Viva
o concelho de Salvaterra de Magos.
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