CAIS DO ESCAROUPIM EM RISCO

Já fomos alertados há algum tempo para o assoreamento que está a acontecer junto ao cais do Escaroupim. Quisemos, no entanto, recolher fotos que comprovassem o que nos era transmitido pelas pessoas que ali vivem.

Desconheço, por ora, a razão que pode justificar o fenómeno. Disseram-nos que está um areeiro na outra margem, o que ocasiona que a água ali corra com maior velocidade fazendo com que do lado de cá ocorram maiores assoreamentos. Verifiquei, também, que pode haver outra explicação, é que a Ribeira de Muge desagua no Tejo a apenas algumas dezenas de metros de distância e isso pode também estar a ocasionar o depósito de areia naquele local.

O que é certo é que isto está a suceder e como não é feita qualquer manutenção a baixa da maré deixa os barcos a seco e isso está a afectar todo o investimento que ali foi feito e que queria dinamizar o turismo, a restauração, em suma, a economia local.

Sabemos que o barco da empresa Ollem, que costuma estar atracado em Valada, poucas vezes cá vem, porque depois não consegue chegar ao cais. A Promartur e o Rio-a-dentro, continuam a operar já com limitações, cada vez mais gravosas, pois as dificuldades para navegar crescem com o passar dos anos.

Sugerimos na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos que urge uma intervenção que retire areia do rio, aproveitando a maré baixa, a qual poderá depois ser transportada e reaproveitada pelo Município, minorando um pouco o custo da intervenção.

É também muito importante, dissemos na mesma reunião, que se construam ou coloquem instalações sanitárias públicas junto ao Largo dos Avieiros, no Escaroupim. Se não for possível fazê-lo recorrendo a alvenaria de tijolo por razões de legislação urbanística, então que se opte por construção em madeira – como sucedeu com o restaurante e com as arrecadações dos pescadores - ou pela utilização de sanitários “amovíveis” do tipo dos que se usam em eventos festivos.