sábado, 26 de maio de 2012

RECEITA EXTRAORDINÁRIA DO IMI JÁ É PARA AS AUTARQUIAS?!


Pode vir a valer a pena a contestação feita pelos autarcas à decisão governativa de reter 5% das verbas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) com o argumento de que eram para suportar os custos de reavaliação dos imóveis, quando a receita extraordinária resultante desse processo estava prevista ser canalizada para o Ministério das Finanças.
Parece que existem condições para haver uma aproximação de posições e, se assim for, será possível à Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) subscrever a retenção decretada pelo Governo garantindo, em contrapartida, que o acréscimo de receitas do IMI ficará nos cofres municipais.
Vamos ter de esperar pela próxima reunião entre as partes agendada para o início da próxima semana!...


Os 250 milhões de euros de receita extraordinária do IMI obtida pela reavaliação dos imóveis será mesmo para consolidar nas contas das autarquias e não nas da administração central como estava previsto o memorando da ‘troika' e se confirmava no Documento de Estratégia Orçamental (DEO). Em troca as autarquias aceitam pagar a reavaliação dos imóveis, que o Governo estima em 5% do IMI.
"Se a receita é para nós, faz sentido que paguemos as despesas do processo", reconheceu Fernando Ruas, ontem, após a reunião de quase quatro horas na Presidência do Conselho de Ministros em que participaram a direcção da Associação Nacional de Municípios Portugueses e os ministros Miguel Relvas e Vítor Gaspar. E embora esteja agendada nova reunião para a próxima segunda-feira, a ANMP já conseguiu uma vitória. Sem que os ministros Adjunto e das Finanças prestassem qualquer declaração aos jornalistas, foi Fernando Ruas, presidente da ANMP, o único a comentar os últimos avanços na negociação que inclui a retenção das receitas do IMI pelo Estado, os fundos do QREN e a renegociação da dívida de curto prazo das autarquias.

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