Alguns
factos
1. O
Orçamento da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, em 2011, foi da ordem dos
11,5 milhões de euros, tendo o índice de realização da despesa (em relação ao
que estava inicialmente previsto) atingido os 70%.
2. A
rubrica de “Pessoal” pesa 34% no total das Contas, quase 20% das despesas vão
para iluminação pública, para o aterro sanitário (deposição dos lixos), para o
consumo de água e regas, para os transportes escolares e os seguros, entre
outros.
3. As
seis freguesias recebem cerca de 5% do Orçamento Municipal, as instituições sem
fins lucrativos 2,5% e as despesas com juros e amortizações dos empréstimos
bancários contraídos são de 4,5%
4. Sobraram
para investimento 17% do Orçamento da Câmara, menos de 2 milhões de euros, o
que representa apenas 41% do valor que se previra investir. A diminuta
capacidade para investir é talvez um dos dados mais preocupantes e resulta, em
grande medida, da escassa dinâmica económica do concelho e também da inércia
municipal que não a potenciou, factos que limitam em muito as receitas
“próprias” da Câmara Municipal ou, dito de outro modo, castram a capacidade de
gerar receitas através da derrama, do IMI, do IMT, etc.
5. Esta
realidade tem sido disfarçada com a opção - que na última campanha autárquica
(2009) classificámos de “eleitoralismo bacoco” – de concentrar o investimento
municipal junto aos anos das campanhas
eleitorais.
6. Mais
de metade das receitas da Câmara (52%) provém do Orçamento de Estado (OE),
16,5% vêm dos impostos directos (IMI, IMT, derrama, imposto único de
circulação, etc), 7,5% resultam das rendas pagas pela EDP à autarquia e 3,5% de
diversas taxas municipais. Os fundos comunitários (FEDER) deram 1,3 milhões de
euros (11,4%) e 175 mil euros (1,5%) vieram de empréstimo bancário para ajudar
na construção do Centro Escolar de Salvaterra de Magos.
7. Estes
números mostram que a capacidade de investimento do Município é cada vez mais
dependente do apoio da União Europeia (UE) o que é uma limitação tremenda quando
se aproxima o fim do período de vigência do QREN e numa altura em que o(s)
Governo(s) têm vindo a diminuir as transferências para os Municípios.
Em
conclusão
A
nossa autarquia – como seguramente quase todas as outras, muitas delas com bem
maior grau de endividamento municipal -
está a perder a capacidade de investir.
No
nosso caso conjugam-se os cortes do OE, a redução das já escassas receitas
“próprias” do Município, a fraca dimensão do tecido empresarial concelhio, o elevado desemprego, a necessidade de
crescentes apoios sociais às famílias e o terminus do(s) programa(s)
comunitário(s) que, neste momento, financiam em cerca de 80% a construção dos
Centros Escolares de Marinhais e de Salvaterra de Magos e o arranjo urbanístico
no Rossio em Muge.
Importa,
por fim, que os leitores deste espaço tomem conhecimento desta realidade pois
só assim estarão em condições de separar o trigo do joio, de identificar os que
prometerão tudo a todos e de avaliar os programas e as equipas que, no próximo
ano, se proporão a escrutínio.
Sr vereador como devo interpretar os graficos pelo facto do investimento estar a subir e ao mesmo tem o endividamento da câmara estar a descer? o que é que isto quer dizer, para mim não consigo entender mas o sr engenheiro domina estas coisa e assim peço a a sua ajuda.
ResponderEliminarO investimento em 2011 cresceu pela evolução da construção do Centro Escolar de Salvaterra de Magos, como referimos no post, e pelo facto de a sua edificação ser fortemente financiada pelos fundos comunitários (QREN), como também está explícito. Pena é que o endividamento seja mesmo assim o dobro do que se verificava em 2007!...
ResponderEliminarQuando é que os Técnicos da Cãmara enviam para a EDP um relatório sobre a iluminação pública?
ResponderEliminarChega a estar ligada 24 horas.
Os Técnicos da Camara, os Vereadores e a suposta Presidente, todos são responsáveis por este gasto desmensorado, pede-se tantos sacrificios aos mais carenciados, deixa-se de comprar coisas básicas para que se consiga o bom funcionamento da autarquia e não se faz uma boa gestão deste serviço público.
ResponderEliminar1º não há necessidade das lampadas ligarem de dia, simplesmente quando já está escuro e de manhã desliga-se ás cinco da manhã, já que estamos em maré de contas,neste resolução técnica que se vem a tranformar em capital, temos uma poupança de 3 horas por dia, hora vejamos 3horasx30dias=90Horasx4500lampadas no concelho=405.000horasx100Watts cada lampada=40.500.000Watts a dividir por 1000=40.500Kwattsx0.085€=3.442.50€ por mes, mas como temos luzes ligadas de dia de noite no concelho, há um desperdicio em Média de mais 4.000.00€ por mes,o que perfaz 7.442.50€,isto são numeros por baixo, 7.500.00€x12=90.000.00€, mas no concelho poderiamos ainda reduzir 1.000 lampadas, ou seja nas estradas nacionais uma sim outra não, muitos locais com luminárias a iluminar o nada, no meio das fazendas e quintais particulares, poupava-se mais 30.000.00€ num ano portanto estamos a falar de 110.000.00€ é uma questão a pensar claro que isto dá trabalho obriga a fazer levantamentos reuniões com os senhoras da EDP, obriga a estratégia, não politica mas de gestão e ser racional.fica o repto mas este e outros assuntos do genero é que merecem ser discutidos,sós para terminar esta poupança dava para alcatroar 6 ou 7 KM de estrada ou ajudar mais as IPSS ou os clubes compr´tica desportiva para os miudos ou ou ou ou, nesta camara se houvesse alguem que pensasse poupava-se mais de 300.000.00€ em toda a sua actividade.
Ganda post sr.Bode Velho.
ResponderEliminarPode ser que lhe arranjem um lugar lá na Cambra.
Parece no entanto que não é da côr da presidenta, portanto, nada feito.
Quanto ao ultimo parágrafo,100% de acordo.
Sr Anónimo, o Bode Velho, anda pelos altos dos pendentes a observar esta maralha,camarada jáestou velho para lugares na Cambra, nem noutros lugares porque não tenho grandes estudos, tirei a 3ª Classe antiga no ensino recorrente "á noite no tempo do Marcelo Caetano" e agra com vagar aprendi a lidar com estas máqnas, e vô Ocpando o tempe.
EliminarOlhe camarada na cambra chefes de divisão só são precisos dois o da contabilidade e da DUP" penso que é assim que se diz" os vereadores faziam o da cultura e das Obras, a outra divisão fundia-se com a contabilidade,aqui temos mais uma mediada de austeridade para a camara poupança é fazer as contas.
Porque a cambra não tem dimensão nem actividade que se justifique, esta orgânica.
Camarada amanhã apresento outra medida é o Bode Velho e o Marcelo Rebelo de Sousa. Boa Noite
Apesar de publicar este comentário não quero deixar de referir que não partilho inteiramente da sugestão aqui enunciada. refiro-o explicitamente porque não quero que o silêncio seja entendido como assentimento.
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