terça-feira, 29 de maio de 2012

O TEJO E A CULTURA AVIEIRA


No próximo dia 8 de Junho vai ter lugar no CNEMA (Feira Nacional de Agricultura), em Santarém, o "1º Forum Ibérico do Tejo" que nas palavras da organização - o Instituto Politécnico de Santarém, a Universidade de Castilla – La Mancha, e a CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal - será "o sítio de análise científica e cultural dos problemas e das temáticas relacionadas com todo o Tejo Ibérico, os seus ecossistemas e as suas culturas ribeirinhas Taganas, reunindo instituições de ensino superior e universitário, e outras entidades e pessoas com afinidades nestas áreas."


No próximo dia 9 de Junho vai ter lugar no CNEMA (Feira Nacional de Agricultura), em Santarém, o "3º Congresso Nacional da Cultura Avieira" subordinado ao tema geral "A Rota da Cultura Avieira. Empreendedorismo, cultura e turismo sustentável - desafios e oportunidades."

PAINÉIS TEMÁTICOS:

  • A CASA PALAFÍTICA / O BARCO / AS ARTES DE PESCA / O PATRIMÓNIO CULINÁRIO
  • A ROTA DA CULTURA AVIEIRA
As conclusões deste Congresso ajudarão ainda a aprofundar as temáticas para a criação do portefólio de candidatura a património nacional imaterial e da UNESCO.
A organização informa-nos na brochura de divulgação do evento que haverá a decorrer em simultâneo 4 exposições, a saber:

EXPOSIÇÕES TEMÁTICAS
  • Exposição de barcos Avieiros – estarão expostos no recinto da Feira Nacional de Agricultura um conjunto de 7 barcos Avieiros tradicionais (do acervo da AIDIA) e um barco de pesca de mar, vindo directamente da Praia de Vieira de Leiria para a exposição. Pretende-se evidenciar o valor patrimonial e cultural das embarcações Avieiras, como uma das âncoras do projecto de candidatura a património nacional imaterial.
  • Exposição de fotografia – da autoria de Ricardo Peixeiro, dedicada aos Avieiros do Esteiro do Nogueira, em Vila Franca de Xira. O autor passou seis meses com os pescadores para conseguir um notável registo fotográfico a preto e branco. 
  • Exposição de pintura – trata-se de pinturas a aguarela sobre aspectos da vida dos Avieiros, da autoria de S. Ramos. Pela primeira vez é apresentada uma exposição de pintura dedicada exclusivamente aos Avieiros.
  • Exposição de âncoras de barcos de água-acima – estará exposto um conjunto significativo de âncoras, achadas no rio Tejo, na zona de Abrantes, provenientes certamente de barcos de água-acima, e que provam a extraordinária intensidade do tráfego fluvial de outrora, quando o Tejo era navegável até àquela localidade estratégica. No 1º Fórum será apresentada uma comunicação sobre este importante espólio.

4 comentários:

  1. Que pena a CMSM, não agarrar esta oportunidade para se fazer um bom projecto para o Escaroupim de um museu dedicado ao rio Tejo e à cultura Avieira. Mais tarde ou mais cedo outro concelho o vai fazer e é pena.

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  2. O Centro de Interpretação e Educação Ambiental do Cais da Vala em Salvaterra de Magos tem também uma exposição permanente alusiva ao rio e aos avieiros. Esperemos que no Escaroupim para além da casa típica avieira que lá existe seja possível, com o eventual financiamento comunitário deste projecto "Cultura Avieira a património nacional", recuperar mais algumas habitações características dessa cultura e, talvez mais importante do que isso, desenvolver uma nova rota turística que possa ajudar a economia local.

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  3. O Engenheiro Helder até tem alguma razão ao dizer que os "Aveiros" podem ser um grande polo de atração turistica para o concelho. Mas para isso tem que se apoiar a Cadidatura a "Cultura Avieira a património nacional" e CMSM deve apoiar um pouco mais esta iniciativa.
    Mas penso que o leitor anónimo tbm tem razão ao dizer que se poderia pensar além da reconstrução de algums casas Aveirastbm se poderia pensar em algo maior. Porque não o tal "Muséu"? Seria muito bom para a tal "rota turística ", ou o Engenheiro Helder não acha?

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  4. Se me permite - e de uma forma ainda pouco reflectida - dizer que preciso conhecer em mais pormenor o projecto e a "rota" que se quer criar, por outro lado que no actual contexto em que os dinheiros públicos são bem poucos antes de se criar uma nova estrutura (museu) há que primeiro potenciar/rentabilizar o que existe e só em resultado dessa dinâmica, ou de um financiamento muito específico e útil, criar novas. Talvez depois do Congresso a que alude este post possa dizer mais alguma coisa!

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