O que leva a maioria na Câmara Municipal a recorrer frequentemente à figura da ratificação de decisões já tomadas, algumas delas há muitos meses?!
O que leva a maioria na Câmara Municipal a optar por esconder - enquanto pode - ajustes directos (concursos), eventos, parcerias?!
O que leva a maioria na Câmara Municipal a decidir, sem ouvir ninguém, quando se trata da atribuição de subsídios às associações e colectividades do nosso concelho?!
O que leva a maioria na Câmara Municipal a iniciar o processo de revisão do PDM sem previamente partilhar com os demais autarcas (vereadores, deputados municipais e de freguesia) as preocupações inventariadas e o caminho a trilhar?!
A política é feita por pessoas, logo estes comportamentos têm que ser imputados a elas e não à acção política. Não estamos condenados a que assim seja para sempre!
A desvalorização dos órgãos autárquicos por quem detém o Poder é, pelo menos, um sintoma de autoritarismo, uma característica de um modelo de gestão autocrático, de alguém incapaz de motivar e de mobilizar.
Mas é também o resultado de quem concentra em si todos os poderes (pelouros), de quem prefere a arbitrariedade da sua decisão à regulação (regulamentação) dos critérios que a ela conduziram, de quem quer garantir que é o único actor político (protagonista) e todos os demais não passam de figurantes.
Posturas que, infelizmente, não são inócuas, como todos bem sabem!...
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