Na
sequência do post que publicámos na passada 5ª feira e pelas razões nele contidas, o consumo privado das famílias
caiu de 27.951 milhões de euros (4º trimestre, 2010) para 27.004 milhões de
euros, um ano depois. Apesar dos aumentos do IVA, o valor do consumo de bens
alimentares estagnou, mas em relação aos bens duradouros (mobiliário, automóveis,
equipamentos domésticos, etc) a situação piorou muito, pois caiu, num ano,
31,8%.
As despesas
com cultura e lazer diminuíram num ano quase 12%. Na restauração a redução
foi de 9,7%, nas saídas à noite e em livros e revistas foi de 13%, nas viagens
e nos ginásios de quase 20% e nos cabeleireiros 8,1%. No mesmo período
(Fevereiro de 2011 a Fevereiro de 2012) as despesas com vestuário e calçado
encolheram 9,7%, enquanto as dormidas portuguesas em unidades hoteleiras
diminuíram mais de 9%.
No
último ano (Janeiro, 2011 a Janeiro, 2012) os empréstimos às empresas e aos
particulares caíram quase 3%, para habitação diminuíram 2% e ao consumo
retraíram 7%.
O
número de empresas em incumprimento [de empréstimos concedidos] tem
vindo a crescer como é do conhecimento público. Num ano esse aumento foi da
ordem dos 20%. No final do ano passado havia 24,4% de pequenas e médias
empresas em incumprimento e 15,7% de grandes empresas.
Em
razão do endividamento crescente das empresas os pedidos de insolvência
(entrados), num ano, cresceram 50%, passando de 2.200 para mais de 3.500.
Venderam-se,
em 2006, 194.000 automóveis, em 2011 o valor desceu para 153.000. No
último ano a venda de carros comerciais caiu de 3.181 para 982.
A
venda de cimento confirma as dificuldades do sector da construção civil,
pois a sua taxa de variação homóloga (em Janeiro, 2012) foi de -8,2%. O consumo
de gasóleo, no mesmo período, caiu 13,1%.
Está na altura de se mudar de paradigma de desenvolvimento. O dinheiro tem que gasto pelas camaras tem que passar a ser usado com investimento, tem que gerar riqueza e emprego para o concelho. Têm que acabar as politicas e os investimentos estéries, senaõ é o fim.
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