Há alguns dias tomámos conhecimento da notícia que seguidamente reproduzimos e que nos dá conta do crescente número de infecções hospitalares - 4 vezes mais que a média de quase três dezenas de países europeus - situação que um estudo em curso na Universidade de Coimbra considera muito preocupante, pois as bactérias são multiresistentes à acção dos antibióticos.
O recurso abusivo e indiscriminado aos antibióticos é uma das razões invocadas pela equipa de investigação que se propõe encontrar novas formas ou novos fármacos para combater aquelas infecções.
Uma equipa de Investigadores de Coimbra descobriu que em Portugal estão a surgir bactérias que além de multiresistentes aos antibióticos são também agressivas. Um dado considerado preocupante tendo em conta a elevada taxa de infecções hospitalares.
"Recorrendo a estudos genéticos, temos verificado que estão a emergir estirpes simultaneamente resistentes e virulentas (violentas, agressivas), o que é preocupante", sustenta Gabriela Jorge da Silva, coordenadora da investigação, que está a ser desenvolvida, há uma década, na Universidade de Coimbra (UC).
Com a capacidade que as bactérias têm de transferir o seu material genético para outras famílias de bactérias, "a resistência à acção de antibióticos é cada vez maior", daí que "identificar estirpes bacterianas de origem animal ou hospitalar e os genes de resistência e de virulência, e a forma como estes se disseminam em vários ambientes, é de extrema importância para a compreensão do impacto na saúde pública da resistência aos antibióticos, afirma.
Gabriela Silva alerta, por isso, para a necessidade urgente de um melhor controlo da infecção hospitalar e para a racionalização do uso dos antibióticos: “Em Portugal, muitas vezes usa-se os antibióticos de uma forma arbitrária. A população vai à farmácia e compra-os e isso devia ser muito mais regulado, devia haver uma política mais restritiva do seu uso”.
Segundo um estudo realizado em 28 países europeus, divulgado em Setembro de 2011, a taxa de infecções em doentes internados em hospitais portugueses é de 11%, muito acima da média total, que se ficou pelos 2,6%.
A investigação em curso abrange bactérias de origem hospitalar, animal e ambiental, resistentes a vários grupos de antibióticos, nomeadamente derivados da penicilina, incidindo na avaliação molecular da resistência e virulência de "Acinetobacter sp.", "E.coli, Klebsiella sp." e "Salmonella sp.".
O objectivo dos estudos, "bastante complexos", é "abrir portas ao desenvolvimento de novas estratégias de combate a infecções hospitalares", e à descoberta de "novos antibióticos capazes de travar as novas resistências das bactérias".
"Recorrendo a estudos genéticos, temos verificado que estão a emergir estirpes simultaneamente resistentes e virulentas (violentas, agressivas), o que é preocupante", sustenta Gabriela Jorge da Silva, coordenadora da investigação, que está a ser desenvolvida, há uma década, na Universidade de Coimbra (UC).
Com a capacidade que as bactérias têm de transferir o seu material genético para outras famílias de bactérias, "a resistência à acção de antibióticos é cada vez maior", daí que "identificar estirpes bacterianas de origem animal ou hospitalar e os genes de resistência e de virulência, e a forma como estes se disseminam em vários ambientes, é de extrema importância para a compreensão do impacto na saúde pública da resistência aos antibióticos, afirma.
Gabriela Silva alerta, por isso, para a necessidade urgente de um melhor controlo da infecção hospitalar e para a racionalização do uso dos antibióticos: “Em Portugal, muitas vezes usa-se os antibióticos de uma forma arbitrária. A população vai à farmácia e compra-os e isso devia ser muito mais regulado, devia haver uma política mais restritiva do seu uso”.
Segundo um estudo realizado em 28 países europeus, divulgado em Setembro de 2011, a taxa de infecções em doentes internados em hospitais portugueses é de 11%, muito acima da média total, que se ficou pelos 2,6%.
A investigação em curso abrange bactérias de origem hospitalar, animal e ambiental, resistentes a vários grupos de antibióticos, nomeadamente derivados da penicilina, incidindo na avaliação molecular da resistência e virulência de "Acinetobacter sp.", "E.coli, Klebsiella sp." e "Salmonella sp.".
O objectivo dos estudos, "bastante complexos", é "abrir portas ao desenvolvimento de novas estratégias de combate a infecções hospitalares", e à descoberta de "novos antibióticos capazes de travar as novas resistências das bactérias".
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