terça-feira, 22 de novembro de 2011

PODER DE COMPRA


O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou recentemente o Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio que contém informação relativa ao ano de 2009.
O Estudo visa “caracterizar os municípios portugueses relativamente ao poder de compra numa acepção ampla de bem-estar material (…)”.
Para a determinação do indicador per capita do poder de compra (IpC) foram tidas em conta 17 variáveis, entre elas, o IRS, o IMI e o IMT cobrados, o rendimento bruto per capita, levantamentos e valor das compras efectuadas através de caixas automáticas, ganho mensal dos trabalhadores, consumo de energia eléctrica, veículos ligeiros vendidos, etc.
Para melhor se entender o gráfico seguinte, importa ter presente que a média nacional deste indicador de poder de compra per capita é 100.


Deixamos naturalmente aos leitores deste espaço a apreciação dos resultados obtidos pelo INE, daí termos optado pela sua divulgação, enquadrando-a no território onde nos inserimos (Lezíria) e nos concelhos nossos vizinhos. A excepção é a referência a Vila Franca de Xira pois é o município integrado na Grande Lisboa que fica mais perto da Lezíria.
Pelos dados figurados o leitor poderá comparar o valor per capita do nosso poder de compra com o dos nossos vizinhos, com a média nacional e a dos 11 municípios da Lezíria (Santarém, Salvaterra de Magos, Rio Maior, Golegã, Coruche, Chamusca, Cartaxo, Benavente, Azambuja, Alpiarça e Almeirim).



Algumas conclusões (ano de 2009):

  • Os cidadãos do concelho de Salvaterra de Magos são, em média, a par dos de Coruche, dos que têm mais baixo poder de compra quando comparados com os que residem em Vila Franca, Benavente, Azambuja, Almeirim e Cartaxo.
  • O poder de compra dos nossos cidadãos fica 15% abaixo da média dos que vivem na Lezíria e têm menos 23% de dinheiro para gastos do que a média dos portugueses.
  • Os cidadãos dos concelhos da Azambuja e de Coruche foram os únicos  que não viram, em média, diminuir o seu poder de compra entre 2005 e 2009, quando comparados com os demais indicados neste post. A média da Lezíria do Tejo mantém-se estabilizada e está 10% abaixo da média nacional.

O conhecimento destes dados para além de possibilitar o debate político-partidário, é a expressão numérica de uma realidade que de algum modo todos conhecemos e percepcionamos.
No futuro os autarcas vão ter de se implicar muito mais no desenvolvimento da economia local, pois os que já o fizeram conseguiram (e estão a conseguir) melhores condições de subsistência para as suas “gentes”. O esforço vai (e está a) compensar!

6 comentários:

  1. Benavente continua a dar cartas! Seja no poder de compra, no emprego, no acesso a cultura, e espaços culturais, educação, saude, etc

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  2. Salvaterra e Coruche eram os piores em 2009 mas conforme atendência mostra Coruche apresenta melhoria nos seus indicadores no período entre 2005 e 2009 e Salvaterra decresce o que e mantendo-se a tendência colocará Salvaterra em ultimo lugar no que a este indicador diz respeito. Afinal estamos apenas com menos 31,7% de poder de compra em relação aos habitantes do concelho nosso vizinho de Benavente. OBRIGADO ANITA e respectivos seguidores por mais esta distinção.

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  3. Agora, já não há nada a fazer. Temos de dar a volta a esta situação. Mas como? Com o Bloco ou sem o Bloco, geograficamente não sairemos da mesma região (pobre), e com a crise que o PSD e PS nos obsequiaram, nem o S. Baco nos ajuda, nem os que se estão a perfilar para tomar conta do Concelho. Vai ser difícil, mas não impossível sairmos desta posição. Talvez uma coligação inteligente, ou um grupo de independentes sem facciosismo venha a resolver o problema. Entretanto, há que contactar e mobilizar munícipes credíveis e sem vícios politiqueiros. E se verificarem, temos tanta gente no Concelho, que nas muitas Associações nas últimas décadas, têm dado provas mais do que suficientes. Esta é sinceramente a minha humilde opinião.

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  4. "No futuro os autarcas vão ter de se amplicar muito mais no desenvolvimento da economia local" aceito isto como um promeça!

    Estamos farto de que nada aconteça no nosso concelho, estamos cada vez mais pobre e sabemos a quem devemos agradecer. Obrigado bando da "anita"

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  5. Mais do que uma promessa caro anónimo é uma imperiosa necessidade!
    Sem esse esforço dos futuros eleitos locais e com a escassez de verbas públicas que há para investir este (e outros) concelho só poderão regredir!

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  6. Desconheço quem refere - o anónimo anterior - como pré-candidatos autárquicos pelas forças partidárias que enuncia ou por quaisquer outras, pois nenhuma delas disso deu nota pública. Mas sim nas eleições autárquicas é possível concorrerem coligações partidárias (como a CDU, que não referiu certamente por lapso) ou listas de cidadãos independentes.
    Vamos esperar e ver o que acontece nos próximos meses!

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