terça-feira, 17 de janeiro de 2012

FAZER OPOSIÇÃO À OPOSIÇÃO


Fazendo de conta que o Plano e o Orçamento Municipal eram o resultado de diálogo(s), a maioria BE esqueceu desta vez o orçamento participativo de que durante anos falou. Ou seja, a população e as associações não foram chamadas a contribuir com qualquer ideia para aqueles documentos que vão ditar a nossa vida colectiva nos próximos tempos. Incoerências!… diz-se uma coisa e faz-se outra.
Ainda que chamados à pressa para reunir com o executivo, os vereadores socialistas não quiseram deixar passar em claro a oportunidade de dizer ao executivo BE o que no mínimo deveria ser adicionado ao Orçamento para o presente ano.
  • Aqueles vereadores sugeriram que fosse criado nas Grandes Opções do Plano uma intenção que garantiria a reparação de viaturas de socorro dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos para nunca se por em causa a sua operacionalidade.
  • Os vereadores lamentaram que se tivessem reduzido as verbas para a construção do Jardim-de-Infância do Granho e para a requalificação da sua escola do 1º ciclo, o que vai impedir que a obra avance em 2012.
  • Os vereadores socialistas insistiram na necessidade de se iniciar a execução dos esgotos pluviais na zona central de Marinhais e também em se construírem mais alguns passeios e estacionamentos ao longo da EN 367, nesta freguesia.
  • Os citados vereadores mostraram o seu desagrado por ter sido retirado do Plano para 2012, uma obra que estava no Plano de 2011 (e que havia sido sugerida por aqueles autarcas socialistas) e que era o arranjo urbanístico da EN 114-3 na Várzea fresca.
  • Insurgiram-se, ainda, com o facto de o Plano para 2011 incluir a (re) pavimentação de estafadas, trabalhos que não foram feitos e que, apesar disso, desapareceram do Plano de 2012. Deram como exemplos a Rua da Glória em Muge e a Rua da Pereira em Glória do Ribatejo.
  • Aqueles autarcas, por último, estranharam que a aquisição de quadros interactivos que já estiveram previstos, pelo menos no ano passado, para as escolas das freguesias onde não vai haver Centro Escolar – Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Granho e Muge – tivesse sido retirada. Atitude que, a par da falta de requalificação dessas escolas, vai originar que no mesmo concelho hajam crianças em condições bem diferenciadas de aprendizagem.

A maioria BE porque não encontrou (ou desperdiçou) fontes de financiamento e/ou porque desbaratou verbas municipais em investimentos megalómanos, alguns deles de interesse público questionável, preferiu opor-se à oposição socialista criticando a sua ambição.
O momento que vivemos é bem penalizante para todos do ponto de vista financeiro, mas alguma coisa poderá continuar a ser feita, temos é de ter bom senso e ser rigorosos na sua priorização. Não podemos desistir!

1 comentário:

  1. "orçamento participativo".. nas camaras mais evoluidas, isso é uma realidade. Poder decidir o que deve ser feito, o que queremos seja feito, o que realmente é preciso, certamente é que realmente faz falta ás populações, só pode ser sinal de inteligencia. Quando é que no nosso concelho podemos decidir o que queremos? estamos fartos de "elefantes brancos".

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