Fazendo
de conta que o Plano e o Orçamento Municipal eram o resultado de diálogo(s), a
maioria BE esqueceu desta vez o orçamento
participativo de que durante anos falou. Ou seja, a população e as
associações não foram chamadas a contribuir com qualquer ideia para aqueles
documentos que vão ditar a nossa vida colectiva nos próximos tempos.
Incoerências!… diz-se uma coisa e faz-se outra.
Ainda
que chamados à pressa para reunir com o executivo, os vereadores socialistas
não quiseram deixar passar em claro a oportunidade de dizer ao executivo BE o
que no mínimo deveria ser adicionado ao Orçamento para o presente ano.
- Aqueles vereadores sugeriram que fosse
criado nas Grandes Opções do Plano uma intenção que garantiria a reparação
de viaturas de socorro dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de
Magos para nunca se por em causa a sua operacionalidade.
- Os vereadores lamentaram que se tivessem
reduzido as verbas para a construção do Jardim-de-Infância do Granho e
para a requalificação da sua escola do 1º ciclo, o que vai impedir que
a obra avance em 2012.
- Os vereadores socialistas insistiram na
necessidade de se iniciar a execução dos esgotos pluviais na zona
central de Marinhais e também em se construírem mais alguns passeios
e estacionamentos ao longo da EN 367, nesta freguesia.
- Os citados vereadores mostraram o seu
desagrado por ter sido retirado do Plano para 2012, uma obra que estava no
Plano de 2011 (e que havia sido sugerida por aqueles
autarcas socialistas) e que era o arranjo urbanístico
da EN 114-3 na Várzea fresca.
- Insurgiram-se, ainda, com o facto de o
Plano para 2011 incluir a (re) pavimentação de estafadas, trabalhos
que não foram feitos e que, apesar disso, desapareceram do Plano de 2012.
Deram como exemplos a Rua da Glória em Muge e a Rua da Pereira em Glória
do Ribatejo.
- Aqueles autarcas, por último,
estranharam que a aquisição de quadros interactivos que já
estiveram previstos, pelo menos no ano passado, para as escolas das
freguesias onde não vai haver Centro Escolar – Foros de Salvaterra, Glória
do Ribatejo, Granho e Muge – tivesse sido retirada. Atitude que, a par da
falta de requalificação dessas escolas, vai originar que no mesmo concelho
hajam crianças em condições bem diferenciadas de aprendizagem.
A
maioria BE porque não encontrou (ou desperdiçou) fontes de financiamento e/ou
porque desbaratou verbas municipais em investimentos megalómanos, alguns deles de
interesse público questionável, preferiu opor-se à oposição socialista
criticando a sua ambição.
O
momento que vivemos é bem penalizante para todos do ponto de vista financeiro,
mas alguma coisa poderá continuar a ser feita, temos é de ter bom senso e ser
rigorosos na sua priorização. Não podemos desistir!
"orçamento participativo".. nas camaras mais evoluidas, isso é uma realidade. Poder decidir o que deve ser feito, o que queremos seja feito, o que realmente é preciso, certamente é que realmente faz falta ás populações, só pode ser sinal de inteligencia. Quando é que no nosso concelho podemos decidir o que queremos? estamos fartos de "elefantes brancos".
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