Quem se propõe a autarca e seja eleito, com (ou sem) funções executivas, deve manter o máximo distanciamento possível dos poderes instalados, ainda que legítimos, o que não é o mesmo que os tentar silenciar, desconsiderar ou não escutar.
Um autarca é um decisor. Na base de qualquer decisão deve estar o interesse público, o que nem sempre é fácil de garantir pois, não raras vezes, esse interesse não é imediato e há quem o confunda com os interesses publicados ou com os interesses de públicos.
Decidir é um acto de ponderação e deve ser impermeável aos "lobbies" , daí que haja vantagem no menor envolvimento pessoal e/ou emocional possível entre autarca e as diferentes comunidades de interesses, sejam elas agremiações desportivas, associações culturais, núcleos empresariais ou sindicais, comunicação social ou outras.
Um autarca tem de ser alguém com competências, empenhado, atento, sensível, mas não pode ficar refém de ninguém. A sua independência principalmente em relação aos poderes económicos, favorecerá a análise e poderá ser um dos mais relevantes requisitos da qualidade da decisão.
Tal só é viável garantir, a todo o tempo, se resultar de uma atitude sempre presente,interiorizada, pois o autarca é um cidadãos como os demais e não um "eunuco" gerado para fins eleitorais!
Tarefa difícil!...
O senhor ja se está a sentir refem!?
ResponderEliminarNão, não estou. Procuro explanar é a vantagem de não ficar. É de algum modo, também, a assumpção de um compromisso (enquanto autarca eleito) e uma explicação pelas recusas aos convites que pontualmente me vão fazendo para integrar órgãos sociais de associações e clubes do concelho.
ResponderEliminarNenhum homem é uma ilha, e percebe-se que ser amigo "de um autarca" dá muito jeito, como "porto de abrigo" a quem procura obter vantagens quer sejam sociais ou economicas. Todos nós ouvimos falar de "grandes negociatas" desde terrenos que são valorizados ao serem aprovados para construção e de urbanizações rápidamente aprovados em tempo recorde.
ResponderEliminarMas só vai por esse caminho quem quer. este post demonstra que "não vai em cantigas". Continue a trabalhar e a lutar por "todos nós". Obrigado.