Estes foram os temas em destaque na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, pois foram
objecto de uma intervenção dos vereadores socialistas no período antes da ordem do dia.
Infelizmente o tema dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos mantém a acuidade! A situação financeira e a capacidade operativa têm chamado a atenção e reunido as preocupações de bombeiros, associados, dirigentes e autarcas. Pena é que aqueles que governam a autarquia tenham preferido não responder à sugestão que demos - e já repetimos - de em conjunto com os órgãos da Associação procurarem encontrar a solução para os problemas do presente (ordenados em atraso e dívidas a fornecedores), lançando as bases para a sustentabilidade da Associação no futuro.
Lamentavelmente o que parece estar em marcha é a tentativa de desresponsabilização do Município e da sua gestão, dissimulando, dividindo, em vez de unir.
Enquanto
acreditarmos que é possível – dissemo-lo no decurso da última reunião de Câmara
– não lançaremos para a “fogueira” que alguns tentam atear mais “achas”. Os
problemas desta Associação (e dos Bombeiros) só se resolvem se os encararmos
sob dois planos que devem desenrolar-se em simultâneo:
1º)
Elaborar estudo sobre a viabilidade e a sustentabilidade, a prazo, desta
Associação no actual quadro económico do País e, em particular, das prioridades
definidas para a saúde pela tutela, trabalho que deve ser desenvolvido em
parceria por autarcas, dirigentes associativos e entidades externas (bombeiros,
protecção civil, etc). Estamos disponíveis para integrar esta equipa sem
condições prévias.
2º)
Acudir ao presente realizando peditórios e iniciativas similares. Defendemos
que em cada freguesia as comissões de angariação de verbas devem ser lideradas
pelos autarcas da freguesia que se disponibilizem, devem integrar dirigentes da
Associação e todos os cidadãos que queiram ajudar. Os vereadores socialistas –
e seguramente muitos outros autarcas – estão disponíveis para ajudar no terreno integrando essas
comissões nas respectivas áreas de residência. [No
que me diz respeito, uma comissão de angariação de verbas na freguesia,
liderada pela Junta de Freguesia de Salvaterra de Magos, pode contar comigo
quando e como entender].
Os
autarcas socialistas não pretendem quaisquer protagonismos daí que cada um se
cingirá, na qualidade de cidadão, a integrar a Comissão da área de residência.
Fica o apelo a que o bom senso e a vontade de ajudar imperem.
Outra
das preocupações que transita do ano anterior é a preservação de um dos locais
mais aprazíveis do concelho de Salvaterra de Magos - a par naturalmente do Rio
Tejo – que, no final do ano passado, sofreu um duro golpe no seu “habitat”, uma
vez que interesses económicos particulares, ainda que legítimos, levaram à
remoção de todo o coberto vegetal envolvente à albufeira da Barragem de Magos.
É
preciso decidir politicamente se o local tem ou não interesse público, pois se
tem há que assumi-lo e percorrer as etapas necessárias à sua defesa, evitando
que situações de abate de árvores - com a dimensão da que se registou - possam
repetir-se.
Os
vereadores socialistas destacaram ainda na última reunião de Câmara o problema
da saúde no concelho. O encerramento dos postos de saúde de Muge e do Granho,
em 2010, abriu a “caixa de pandora” - para que caminhou o SNS – das
notícias do fecho, um pouco por todo o lado, de postos de prestação de cuidados
de saúde primários.
Não
são públicas ou assumidas as estratégias e/ou os critérios que estão na base
das decisões que afastam os serviços de saúde das pessoas, caminho inverso ao
que foi seguido desde o 25 de Abril de 1974 e que colocou Portugal com
resultados de nível europeu e, nalguns casos, até de pódio, no que à prestação
de cuidados de saúde diz respeito. Por essa razão vivem-se hoje momentos de
tremenda insegurança, de vultuosos aumentos das contribuições para o SNS (taxas
moderadoras) e de crescente dificuldade de chegar aos cuidados de saúde, pois
está a ser dificultado o transporte de doentes em ambulâncias, nomeadamente
para tratamentos.
Foros de Salvaterra
As
preocupações podem crescer, este ano, se a falta de médicos no posto de saúde
dos Foros de Salvaterra se agravar.
Seria
importante que o Município de Salvaterra de Magos pudesse elaborar a Carta concelhia da Saúde, obviamente que
com a colaboração dos serviços do Ministério da tutela, o que permitiria
definir os contornos das alterações em curso e estabelecer as intervenções a
assumir, sejam elas obras em instalações, mobiliários e equipamentos, sejam transportes
a disponibilizar. Com a elaboração deste plano
director para a saúde teríamos registado, de modo integrado, o que o SNS
preconiza para os cuidados de saúde no concelho garantindo, na medida do
possível, a manutenção de postos de atendimento nas freguesias e a partir daí
estaríamos em condições de estudar o modelo de repartição de encargos (Governo,
autarquias e utentes).
É
uma sugestão de caminho!...
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