Entrada do campo de concentração de Auschwitz, na 2° Guerra Mundial
Assinala-se a 27 de Janeiro o Dia Internacional em Mamaria das Vítimas do Holocausto, data que coincide com o dia da libertação, há 67 anos - pelo exército soviético - do maior campo de extermínio nazi Auschwitz-Birkenau, na Polónia, onde foram mortas 1,5 milhões de pessoas, a maior parte judeus do continente europeu.
Em 1933, a população judaica européia era de mais de nove milhões de pessoas. A maioria dos judeus europeus vivia em países que a Alemanha nazi ocuparia ou viria a influenciar durante a II Guerra Mundial. Em 1945, os alemães e seus colaboradores já haviam assassinado seis milhões, naquilo que denominaram como "Solução Final" e que visava a liquidação de todos os judeus.
Foram ainda muito atingidas pelo racismo nazi grupos considerados "racialmente inferiores" como ciganos, eslavos e deficientes físicos e mentais. Pelos comportamentos assumidos foram ainda perseguidos comunistas, socialistas, Testemunhas de Jeová e homossexuais.
Permitam-me um apontamento pessoal - até porque já tive oportunidade de visitar este campo com a minha família. As paredes interiores dos pavilhões que se mantiveram como museu do Holocausto no campo de Auschwitz estão pejadas de fotos de pessoas assassinadas, onde consta a sua data de entrada no campo e a da sua morte. Sem rigor estatístico das milhares e milhares de fotos (rostos) ali existentes que pude ver mais em pormenor, a média de vida neste campo - para os mais velhos - não devia exceder uma semana. Os que não morriam de fome e de frio acabavam por ser executados a tiro ou gaseados.
Ainda que não coloque neste post imagens de extrema violência importaria que todos soubessem que elas existem e estão disponíveis na internet. Algumas das memórias que recordo dessa viagem à Polónia e que jamais esquecerei, para além da câmara de gás, dos fornos (crematórios) e das condições sub-humanas em que viveram e morreram aquelas pessoas, são as vitrinas e vitrinas do tamanho de salas com malas de viagem, sapatos, roupas (e roupas de bebé), material de higiene pessoal (escovas, pentes, etc), muletas e todo o tipo de andarilhos, que os nazis aproveitavam, tal como pequenas jóias (fios, anéis, dentes de ouro). O cabelo humano também ali era armazenado para ser aproveitado no têxtil, creio.
Se dormirem na cidade uma noite, vão provavelmente ouvir, como nós, a sirene do comboio que passa ali por perto e virá à vossa memória os que a percorreram, no século passado, para ali serem exterminados.
Não podemos esquecer!
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