segunda-feira, 25 de abril de 2011

INTERVENÇÃO DO SR. PRESIDENTE DA A. MUNICIPAL


Na sessão solene de celebração do 25 de Abril de 1974, que hoje teve lugar no Auditório do Cais da Vala a partir das 10.30 horas, o Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, Francisco Monteiro Cristovão, eleito em listas do Partido Socialista, fez a intervenção que aqui se reproduz.


"Exmos. Senhores Deputados Municipais
Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal
Exmos. Senhores Vereadores
Exmos. Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia
Exmos. Senhores Membros das Assembleias de Freguesia
Órgãos da Comunicação Social
Minhas Senhoras e meus Senhores

    Encontramo-nos hoje reunidos em sessão solene comemorativa do trigésimo sétimo aniversário do 25 de Abril de 1974, para homenagear os Militares, os Democratas que lutaram por um Portugal livre e que inconformados com o regime político de então, mas determinados na acção, nos devolveram a Liberdade e a Democracia, que nos permite estar aqui sem silenciamentos, em liberdade de reunião, expressando livremente as nossas opiniões, participando assim, na construção de um Portugal próspero equitativo, onde impere a justiça económica, social e igualdade de oportunidades para todos.                                                            
   Assistimos, nestes anos a profundas transformações em todos os domínios da vida económica, social e cultural, condizentes com a prática social e com os direitos dos cidadãos em Regimes Democráticos. Devemos orgulhar-nos do que construímos colectivamente e valorizar as mudanças havidas. A nossa condição de Autarcas, deve-se ao 25 de Abril que consagrou o Poder Local Democrático que nos permite participar na defesa dos interesses das populações e na solução dos seus problemas.
   Comemoramos o 25 de Abril, num período de grave crise política, financeira e social. Esperamos dos governantes eleitos pelo povo a responsabilidade de governar o país visando exclusivamente o interesse nacional. Não é desejável porque será comprometer de vez o futuro, voltarmos a um tempo não muito distante de sucessivas eleições cujos governos duravam um, dois anos e alguns apenas meses, não estando em causa os superiores interesses do País, mas unicamente por mero tacticismo partidário.
   Independentemente da avaliação ou posição política, de cada um de nós em relação à conjuntura internacional a crise que se repercute por toda a Europa e consequentemente em Portugal, obriga a um grande empenho, especialmente dos países da zona euro de modo a responder no mais curto espaço de tempo às exigências do tempo presente e futuro, encontrando respostas adequadas e eficazes em defesa do Euro e do projecto europeu.
   Creio, ser este um momento de reflexão e de correcção, por parte dos decisores políticos das causas de natureza financeira que originaram tal situação. A constituição de uma União de 27 Países, com órgãos próprios de competência legislativa, de decisão política, cuja função é assegurar o bem comum, não pode sujeitar-se a vulnerabilidades desta natureza.
   Na esperança que se criem reformas políticas que evitem crises futuras que fomentem desigualdades sociais, na esperança de uma Europa coesa e solidária, na continuidade de um Portugal democrático, justo e de progresso.
         
Viva o 25 de Abril
Viva Portugal  "

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