sexta-feira, 6 de setembro de 2013

UMA HORTA QUE DEFINHA

Granho (concelho de Salvaterra de Magos)

Os vereadores socialistas apresentaram em reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos a proposta de se avançar para a criação de uma horta urbana no concelho de Salvaterra de Magos, sugerindo que isso se pudesse fazer nas zonas de maior concentração habitacional, onde os residentes não têm terreno contíguo às suas habitações, o que podia fazer aumentar o número das pessoas interessadas e garantir o sucesso da Horta. 
Demos como localizações possíveis Salvaterra de Magos e Muge, aglomerados urbanos mais densos e onde, em regra, as pessoas não têm terra, e como segunda prioridade falámos em Marinhais e na Glória do Ribatejo. Explicámos que no Granho e nos Foros de Salvaterra, até por razões históricas de formação das propriedades, quem ali reside tem uma pequena parcela de terreno onde pode - e muitas vezes o faz - desenvolver a sua horta.
Como vem sendo hábito, pela voz do vereador Luís Gomes (dirigente BE) - agora o candidato daquela força partidária a Vice-Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos - a sugestão dos vereadores socialistas foi desvalorizada com o argumento de que só tinha utilidade nas cidades e nos grandes centros urbanos.
De pouco valeu, naquele debate, termos lembrado que muitas pessoas que vivem nas nossas vilas não têm forma de criar uma horta, pois não têm terreno, o que é coincidente com o que se passa nos centros urbanos de maior dimensão, que esta seria uma ideia interessante para os que se encontram na situação de desemprego ou tenham parcos recursos, projecto que poderia ainda estender-se aos reformados como forma de ocupar os seus tempos livres.

Horta social e pedagógica do Granho, há alguns meses atrás

A liderança BE resolveu posteriormente avançar para uma horta social e pedagógica, no Granho, argumentando que assim as crianças das escolas poderiam visitá-la e aprender (o que também poderia acontecer, evidentemente, numa horta urbana) e que um conjunto de voluntários cuidaram dela e os produtos obtidos seriam para as IPSS do concelho. A generosidade não é criticável, embora ela também se pudesse praticar nalguns talhões que poderiam ficar reservados para esse fim num projecto de "Horta urbana". 

 Horta social e pedagógica do Granho, na actualidade

Com esta opção BE perdeu-se a oportunidade de ajudar algumas pessoas, de ocupar os tempos livres de outras e parece ter-se perdido até a horta!...
Mais uma escolha desastrosa.

5 comentários:

  1. esse senhor vereador Luís Gomes (dirigente BE) é simplesmente ridiculo.

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  2. não é só a horta que definha, com o BE definha todo o Concelho.

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  3. A Horta está como o Concelho, abandonado.

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  4. É com muita tristeza que partilho dessa opinião, mas para que consiga trespassar essa minha tristeza com os outros leitores tenho de acrescentar outros factos. Uma horta social é uma parcela de terreno para ser cultivada por quem não possui terreno, permitindo que não tenham de despender recursos monetários para adquirir os produtos acabados oriundos do terreno. Mas pelo que se constata, ou todo o povo residente no concelho possui terreno e consegue cultivar permitindo economia de subsistência, ou então tem recursos monetários que permite adquirir os produtos acabados, ou por ultimo muita PREGUIÇA, esperando que os outros façam e depois, quem cultiva estas hortas sociais, "doem" os produtos a quem esteve sentado no sofá.... é apenas a realidade, "doa a quem doer"

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    1. "Uma horta social é uma parcela de terreno para ser cultivada por quem não possui terreno", diz e bem, o que se constata - neste caso - é que esta "horta" não foi concedida a ninguém que eventualmente fosse carenciado. Não foi sequer gerada essa oportunidade... portanto não sabemos se as pessoas adeririam ou não ao projecto, embora me pareça, e dissemos isso na Câmara, que talvez houvesse maior número de pessoas a aderirem se a iniciativa tivesse lugar em povoações com maior concentração habitacional e onde as pessoas não dispusessem de quintais. No Granho, nos Foros de Salvaterra e nalguns locais de Marinhais e da Glória do Ribatejo, felizmente, as pessoas têm um pouco de terreno.

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