domingo, 8 de setembro de 2013

HÁ ÁGUA NA LUA


Os trabalhos de investigação do satélite da Terra prosseguem, mesmo sem o envio de veículos tripulados até à sua superfície. Na notícia que abaixo se reproduz parece cada vez mais claro que os investigadores já não têm qualquer dúvida de que existe água – ainda só algumas moléculas de água - nas rochas do subsolo lunar.


Os investigadores usaram dados recolhidos pelo Instrumento de Mineralogia  (M3) da NASA colocado a bordo da sonda Chandrayaan 1, da Organização de  Investigação Espacial da Índia, e detetaram água magmática, isto é, que  tem origem nas profundezas lunares. 
Esta é a primeira vez que esta forma de água é detetada através de uma  sonda que orbita a Lua.  
Descobertas anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras  lunares recolhidas pelos astronautas do programa Apolo. 
O instrumento M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por uma  explosão próxima da linha equatorial da Lua. 
A NASA explicou que essa área interessa aos cientistas porque poderão  quantificar melhor o volume de água que possa existir dentro das rochas  devido à localização da cratera e ao tipo de rochas que contém. 
A parte central da cratera é composta por um tipo de rochas que se forma  profundamente dentro da crosta e do manto lunares. 
Em 2009, o M3 forneceu o seu primeiro mapa mineralógico da superfície  lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua. 
Acreditou-se, então, que essa água seria uma capa fina formada pelo  impacto do vento solar sobre a superfície lunar. 
Mas a cratera Bullialdus está numa região pouco propícia para que o  vento solar produza quantidades significativas de água na superfície. 
"As missões da NASA, como o Prospetor Nuclear e o Satélite de Observação  e Sensores de Crateras Lunares, e os instrumentos como o M3 recolheram dados  cruciais que alteraram fundamentalmente a nossa ideia da existência de água  na superfície da Lua", disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Investigação  da NASA, em Moffett Field, Califórnia. 
A deteção de água do interior da Lua a partir de uma observação orbital  significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos  sobre amostras num contexto mais amplo, incluindo regiões distantes das  analisadas nas missões Apolo. 

Lusa

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