Com a mudança
dos municípios ribatejanos da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo para
outras, no nosso caso, para a Entidade de Turismo do Alentejo, ficámos muito
apreensivos – e disse-mo-lo aqui – pois tememos que o “Ribatejo” viesse a ser
preterido em favor do “Alentejo”, perdendo-se assim um dos pilares do
desenvolvimento económico desta sub-região.
A prática do
dia-a-dia dirá, mas para já as intenções dos responsáveis parecem ir no sentido
da preservação da nossa identidade, do nosso património, dos nossos usos e
costumes… é um bom sinal!...
NOTÍCIA
DISPONÍVEL EM
Enquanto produto turístico, o Ribatejo vai ser
trabalhado enquanto uma marca própria, com uma estratégia de promoção única e
definida em conjunto com os agentes económicos da região.
A garantia foi dada por Ceia da Silva, o
presidente da Entidade de Turismo do Alentejo (que agora agrega a região
ribatejana) durante a inauguração da 31ª edição da Alpiagra, que arrancou no
sábado, 7 de setembro, e se prolonga até ao próximo dia 15.
Na sua intervenção, o responsável quis
sobretudo tranquilizar os mais céticos em relação à recente passagem
administrativa do Ribatejo da Entidade de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo para
a entidade alentejana.
"Sabemos bem que o Ribatejo não é o
Alentejo", afirmou Ceia da Silva, que prometeu uma forte diferenciação
entre as duas regiões, enquanto produto turístico.
Nesta sua primeira visita a Alpiarça, o
responsável destacou as potencialidades turísticas do concelho, assentes
"no seu património, na sua história e nas suas gentes", casos da
barragem dos Patudos, a reserva do Cavalo Sorraia e mesmo a aldeia avieira do
Patacão, que se encontra praticamente ao abandono.
"Alpiarça tem agentes económicos
dinâmicos e riquezas naturais que têm que ser exploradas e enquadradas numa
estratégia global para chamar visitantes", sublinhou.
A Alpiagra, "enquanto evento que mostra o
melhor que o concelho tem para oferecer", é um evento que serve de
alavanca para a sua promoção.
"Sei que, nos tempos de crise que
vivemos, seria mais fácil para a Câmara de Alpiarça suspender a realização
deste tipo de eventos. Mas fez bem em não o fazer. Este tipo de eventos não
podem ser considerados como um custo, mas sim como um investimento gerador de
um grande retorno", disse ainda Ceia da Silva.
Mário Pereira, presidente da autarquia,
explicou precisamente que esta feira agrícola e comercial "é uma montra
aberta do melhor que se faz no concelho", assim como tem sido, "nos
últimos 30 anos, um foco de desenvolvimento da terra".
"A Alpiagra é e sempre foi a principal festa dos alpiarcenses,
ponto de encontro de toda uma comunidade", acrescentou ainda o autarca,
convidando todos a visitar o evento que reúne os principais agentes locais
ligados à agricultura, comércio e serviços num espaço onde não faltam a
gastronomia, doçaria, música e animação.
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