Organizado pela Associação Portuguesa de Cidadania Activa decorreu, em meados do mês de Abril, no Auditório da Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto Politécnico de Santarém, um debate intitulado: “O Envelhecimento da População: Impactos na Saúde, na Segurança Social e na Economia”.
Alguns dos números que aí tivemos oportunidade de conhecer, deixaram-nos apreensivos,
- Nas próximas 4 décadas os custos com a saúde e os cuidados continuados, por força do envelhecimento populacional, vão crescer cerca de 2% do PIB (3,4 mil milhões de euros), ou seja, teremos de gastar mais anualmente um valor semelhante ao custo de construção do Novo Aeroporto de Lisboa (todos os anos!...);
- A diminuição da fecundidade – cada vez menos filhos (e mais tarde) – coloca problemas acrescidos à sustentabilidade da Segurança Social;
- Actualmente temos 380 activos por 100 idosos, daqui a 50 anos (a manter-se a curva da evolução populacional) teremos apenas 180 activos por 100 idosos;
- Estima-se que em 2050 seremos menos 1,2 milhões de portugueses, perdendo-se 1 milhão no escalão etário dos 25 aos 64 anos.
Mas tal como o Professor Doutor Victor Escária (ISEG) – um dos prelectores – enfatizou: o envelhecimento da população não nos traz só ameaças, é antes um desafio, onde elas existem a par das oportunidades.
A população activa que antes se concentrava no sector primário evoluiu depois para o secundário e mais recentemente para o sector terciário. Vão assumir preponderância, num futuro breve, a economia social, a da saúde e a ambiental.
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