quinta-feira, 31 de março de 2011

DESISTIR ANTES DE TENTAR

É do conhecimento de todos que um dos maiores flagelos que atinge a população portuguesa, e os jovens em particular, é o desemprego.
É do conhecimento de todos (ver post de 6 de Fevereiro em http://fazerporsalvaterra.blogspot.com/2011/02/os-pontos-negros-do-desemprego.html) que o concelho de Salvaterra de Magos é um dos que regista a maior taxa de desemprego do País. A nossa falta de emprego ronda os 16% da população activa, ultrapassando em 40 a 50% a média de Portugal e também a que se verifica nos concelhos à nossa volta.
Durante décadas, como tive oportunidade de dizer na última campanha eleitoral autárquica e, já depois disso, neste mesmo espaço, o fraco desenvolvimento deste concelho era resultante de um certo isolamento rodoviário, apesar da proximidade à Área Metropolitana de Lisboa.

(clicar em cima para visualizar melhor)

Todos nos lembramos de que para sul (Área Metropolitana) tínhamos o estreito viaduto e a antiga ponte de Benavente, para norte não havia alternativa à EN 118 e o acesso para o Alentejo e para Espanha era a EN 114-3 através de Coruche.
Na última década os diversos Governos da Nação desenvolveram um conjunto de investimentos rodoviários na região que nos beneficiaram em muito. Desde logo o alargamento do viaduto e ponte de Benavente que deixaram de condicionar o trânsito de pesados naquele local.

(Ponte da Lezíria)

Construíram-se as novas pontes da Lezíria (Benavente-Carregado) e Salgueiro Maia (Santarém) e a A13, com nó nos Foros de Salvaterra, ficando garantidas as ligações à A1, à A2, à A6 (Espanha) e à A10 (Oeste e à CREL).
Esta nova realidade não foi, infelizmente, aproveitada pela maioria (BE) que governa o Município de Salvaterra de Magos. Nada foi tentado.
A criação de emprego é um esforço de todos, dos Governos, das autarquias, mas é essencialmente uma decisão dos empresários. Quem gera emprego são as empresas. Ora, sabendo isso, o que foi feito no nosso concelho depois da melhoria das acessibilidades de que vos falei?! A maioria antes mesmo de tentar, desistiu.
  • Era preciso rever os instrumentos de planeamento urbanísticos (PDM e Regulamentos Municipais) para facilitar a localização de actividades industriais e comerciais, mas também para resolver os problemas que ao longo destes anos foram prejudicando os que vivem no concelho, impedindo muitas vezes - sem fundamento técnico adequado - quer o parcelamento de terrenos quer a edificação de habitações;
  • Era preciso construir uma Área Industrial bem localizada, em face desta nova realidade rodoviária;
  • Era preciso de seguida baixar o IMI, as taxas municipais e agilizar procedimentos administrativos que incentivassem a fixação de empresas e de algum modo melhorasse as condições das que já cá estão;
  • Era preciso criar um Centro Incubador de Empresas, que ajudasse os novos investidores a criar a(s) sua(s) empresa(s), um gabinete que os apoiasse juridicamente e administrativamente, um espaço que durante os primeiros anos pudesse ser a sua sede social;
  • Era preciso subsequentemente divulgar o concelho e as vantagens que apresenta relativamente a todos os concelhos vizinhos, primeiros concorrentes, para aqui fixar empresas.
Não temos ilusões, o caminho é bem difícil, ainda mais porque se desperdiçaram pelo menos 10 anos, mas não há outra solução. Ou pelo menos a seguida, no nosso concelho, pelo BE nada solucionou neste domínio.

4 comentários:

  1. Campanha suja do BE quando colocou uma placa entre Muge e Marinhais a anunciar uma futura zona industrial! Só para Inglês ver, porque desenvolvimento em Salvaterra é utópico!

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  2. Não publicarei o comentário das 14.22 h pois não é justo envolver os funcionários contratados em disputas de cariz político-partidário, principalmente porque feitos de forma anónima.

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  3. estive envolvido na escolha do lugar onde instalar uma unidade industrial que inicia agora a sua actividade e que empregará cerca de 45 pessoas. Solicitei reuniões com vários responsaveis camarários e o unico com quem não foi possivel falar mesmo após 4-5 adiamentos de reuniões marcadas foi com a Srª Presidente Ana C.Pardal. Como resultado deste desinteresse a unidade industrial em causa instalou-se num Concelho vizinho.

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  4. VIVA SALVATERRA, SEMPRE NO EXPOENTE MÁXIMO DA INCOMPETÊNCIA!

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