terça-feira, 6 de julho de 2010

OPINIÃO DE UMA JORNALISTA

Anita no céu
2010-07-03
Depois das saídas de Vasco Feijão e Nuno Antão, o debate político na Câmara de Salvaterra não voltou a ser o mesmo.

As eleições autárquicas de Outubro passado ditaram a constituição de um novo executivo em Salvaterra de Magos. A Câmara passou assim a ser constituída por quatro elementos do bloco de esquerda, dois socialistas e um social democrata. Uma oposição difícil pelo evidente desequilíbrio de forças e a promessa de um último mandato tranquilo para a presidente Ana Cristina Ribeiro. E pelo que tem sido dado a ver nos últimos meses, assim é, de facto.
Sem querer retirar mérito ao trabalho da maioria nem às intervenções dos opositores, o certo é que o debate perdeu algum brilho com a entrada dos novos elementos. Com algumas excepções, a oposição tem actualmente uma postura mais condescendente para com os elementos da maioria bloquista, abordando temas menos "fracturantes" e mais questões de pormenor.
Longe parecem já os tempos em que o comunista Vasco Feijão e o socialista Nuno Antão "incendiavam" o debate político na Câmara Municipal com as questões mais polémicas. Apenas para citar um exemplo, ficaram na memória as veementes críticas às constantes ausências de Ana Cristina Ribeiro nomeadamente nas reuniões quinzenais do executivo que à época o Fundamental noticiou.
Era um estilo diferente de fazer oposição e se bem que os eleitores castigaram a CDU em Outubro não elegendo qualquer representante para o mandato que agora decorre, premiando antes o PS que tem agora dois elementos no executivo, o certo é que as reuniões tinham outro ritmo, outra vivacidade.
O vereador socialista Helder Esménio é trabalhador e é o que melhor se prepara para debater todos os assuntos. Tendo sido eleito como independente nas listas do PS, não é "político". Bom, é verdade que na esmagadora maioria das vezes tal até é uma vantagem mas também não é menos certo que uma dose de política até pode contribuir para o debate de ideias. O socialista João Simões é pouco interventivo, deixando o protagonismo para o seu companheiro de bancada. O social democrata Jorge Burgal é mais opinativo mas aborda sobretudo questões relacionadas com o quotidiano. Seja como for, pelo menos está a cumprir o mandato...
Ana Militão

4 comentários:

  1. Então em que ficamos?
    O povo castigou a CDU e premiou o PS, tendo ambos os mesmos estilos de intervenção icendiária!?

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  2. É óbvio que para a senhora jornalista os «tempos em que o comunista Vasco Feijão e o socialista Nuno Antão "incendiavam" o debate político na Câmara Municipal com as questões mais polémicas» teria maior interesse, pois deste modo existem sempre notícias para um jornal, apesar do pouco interesse e importância para a população residente no conselho de Salvaterra.

    Quanto ao exemplo dado, «ficaram na memória as veementes críticas às constantes ausências de Ana Cristina Ribeiro nomeadamente nas reuniões quinzenais do executivo que à época o Fundamental noticiou», só vem evidenciar o trabalho cívico (e não "incendiario") realizado pelos eleitos em 2009, pois a Sr.ª Ribeiro agora já não tem faltado às secções de câmara - o que desmonstrava uma falta de consideração pelos munícipes do concelho e a pouca importância política dos referidos "animais" políticos, Vasco Feijão e Nuno Antão.

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  3. Conheço alguns em que Anónimo assenta bem como apelido e não serão com certeza "animais políticos", mas sim seres de apenas reacção.

    Tristes considerações anónimas, estas....no limite por serem isso mesmo, anónimas...não deixa de ser a forma mais fácil...

    ACP

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