quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

NÃO É FÁCIL INVESTIR EM SALVATERRA


No final do passado mês de Janeiro reuni, a meu pedido, com a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, com o intuito de procurar sensibilizar aquela entidade da administração central para um conjunto de investimentos que se preconizam fazer na área ribeirinha do concelho e que têm vindo a ser inviabilizados pela CCDR-LVT e até pelo normativo do PDM de Salvaterra de Magos.
Tive oportunidade de contactar o Presidente daquele organismo público e de expor longamente aos seus técnicos, que acompanham os nossos instrumentos de planeamento urbanístico, que temos uma IDEIA para a zona próxima do Rio Tejo.

Bico da Goiva, onde a Vala Real aflui no R. Tejo, em Salvaterra de Magos

Queremos aliar o património natural que é o Rio, os mouchões, as margens e as aves que ali nidificam, e o património histórico e cultural, algum dele edificado, como a aldeia do Escaroupim, talvez onde mais facilmente se poderá perpetuar a cultura avieira.
Evidenciei que este destino turístico inclui passeios de barco no rio, mas também podia vir a contar com um observatório de aves e com isso permitir um incremento na visitação daquela aldeia e do concelho.
É por isso que queremos, disse, conseguir autorização para localizar um pequeno/bar sanitário e uma loja de produtos regionais, em estruturas palafíticas, no Largo dos Avieiros no Escaroupim. Afirmámos que a observação de aves (birdwatching) podia acontecer na Praia Doce onde se colocariam ainda alguns “bengalows” para abrigar estudiosos e investigadores.
Complementarmente informámos ter investidores que pretendem construir um pequeno hotel rural e um restaurante, ambos em estrutura palafítica.
Deixámos claro que a presença humana apenas ocupará a margem do Tejo já habitualmente percorrida pelo ser humano, demonstrámos que defendemos apenas a valorização das potencialidades endógenas criando, ainda, alguns percursos pedestres entre o Bico da Goiva e o Parque de Campismo do Escaroupim, com traçados mais ou menos próximos do Rio. Demos conta de que era intenção municipal dotar a antiga escola primária do Escaroupim de um centro de interpretação da cultura avieira e de um núcleo museológico do Rio.
Para podermos avançar, com algumas destas ideias, foi-nos sugerida uma tramitação processual que talvez nos ajude a atingir os objectivos. Entreabriu-se uma janela num dossier técnico que estava absolutamente encerrado. Vamos ver o que conseguimos nos próximos meses, até porque há outras entidades da administração central cujos pareceres são indispensáveis para alcançarmos algo de positivo!...

Sem comentários:

Enviar um comentário