segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

NÃO VOTAR


Na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, cujo Rescaldo já foi apresentado em posts editados nos dias 25 e 26 de Janeiro, o vereador Hélder Manuel Esménio deu pública nota das razões que o levaram a não se deslocar no dia das eleições presidenciais à freguesia do Granho.
Em primeiro lugar não queria, de modo algum, “colar” a uma força partidária o movimento espontâneo da população do Granho que optou por não votar.
Em segundo lugar porque já na 6ª feira anterior ao acto eleitoral os vereadores socialistas tinham enviado uma nota à comunicação social deixando bem clara a sua posição: absoluto respeito e compreensão pela decisão que o povo do Granho e de Muge viessem a tomar no dia do sufrágio, em face das dificuldades que o encerramento dos respectivos Postos de Saúde lhes causa.
Em terceiro lugar porque entendem o voto (ou o não voto) como um momento de reflexão pessoal, uma decisão individual, um acto solitário, pois é uma decisão de cada um dos cidadãos.
O que esteve em causa foi a opção livre de uma população (integrada por muitos confessos apoiantes do Partido Socialista) de que nenhum autarca tem o direito – pela sua presença ou ausência – de se apropriar. Nós não o fizemos, nem nunca o faríamos, ainda que, como já demonstrámos, procuremos estar sempre do lado da resolução dos problemas.
Um bom exemplo, com sentido de responsabilidade, foi a intervenção feita pelos vereadores socialistas que permitiu encontrar um médico com disponibilidade para prestar serviço nestas freguesias, o que desde 15 de Dezembro já é do conhecimento do ACES da Lezíria, entidade que superintende à saúde na região.
Um outro bom exemplo foi dado pelos membros do executivo da Junta, afectos ao PS e ao PSD que, apesar de não votarem, não desistiram de assumir as suas obrigações legais, constituíram a mesa eleitoral e mantiveram a urna aberta, o que permitiu registar uma abstenção de 99% a este acto eleitoral. Outros houve, adeptos do BE, como o Sr. Presidente da Junta do Granho, que a poucos dias do acto eleitoral, por estratégia política, preferiu abandonar a presidência da mesa eleitoral.
Aquele Presidente da Junta criticou os vereadores socialistas por não terem ido ao Granho apoiar o movimento popular que decidiu não votar. Em resposta o vereador Hélder Esménio lembrou-lhe as razões porque não o tinha feito e recomendou-lhe solicitasse antes explicações ao seu líder partidário, Francisco Louçã, que à SIC, nesse mesmo dia, disse: “Faltar às urnas não é um voto de protesto é um voto de desistência“.
Pela narração destes factos fica claro quem teve um profundo respeito pela decisão que o povo daquela freguesia tomou no dia das eleições e quem foram aqueles que, consoante as conveniências, dizem uma e outra coisa diferente!...

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