O MUNDO (NÃO É) A PRETO E BRANCO

A disputa política, a defesa dos caminhos que cada um de nós professe passa pela assumpção das diferenças, pela divergência de opiniões, pela identificação dos constrangimentos, pela exaltação do mérito de cada opção, pela qualidade das equipas e pela valia das propostas. É a argumentação e não a agressão (sob as mais variadas formas) que deve estar na base da mensagem política.

Aqueles que sempre viram o mundo a preto e branco, que adoptam como norma comportamental: "Quem não é por mim é contra mim", jamais agirão de outro modo. Esta estreita visão do mundo, das regras democráticas e do papel do eleito local, só se alterará quando os protagonistas também mudarem.
O concelho continua a viver uma gestão que faz de conta, onde as ausências da liderança camarária se acumulam, interrompidas pela presença em festas, festivais e eventos, num simulacro de presença de há muito ausente e esgotada nos conteúdos.

É desejável que o próximo acto eleitoral permita escolher autarcas que sejam uma mais-valia para a dinamização cultural e económica do concelho de Salvaterra de Magos e não apenas a mera substituição dos que hoje estão. Quer-se dinamismo e inovação, já basta de "tiques" de autoritarismo, de manipulação pelo medo, de uma estratégia que assenta na intimidação dos adversários políticos que em cada momento disputam o Poder.
O tempo de uma política de terra queimada já é passado, de pouco vale escolher diferente se as políticas forem as mesmas ou se o essencial for trocado pelo acessório!...