A notícia que abaixo se publica do semanário O MIRANTE é quase surreal. Leiam com particular atenção o último parágrafo.
A Presidente de Câmara que cessa funções lançou a 3 meses da campanha eleitoral um concurso para um chefe de divisão, cuja comissão de serviço perduraria por 3 anos. Em Junho alertámos, como aqui já referimos, para as incorrecções, os erros e/ou os lapsos desse concurso onde, entre outros, se exigia experiência na área administrativa e o que estava a concurso era a área do urbanismo, onde não se valorava a experiência profissional anterior e onde os candidatos eram escolhidos apenas por entrevista sem critérios objectivos de apreciação como seria o caso da análise curricular.
Apesar da nossa chamada de atenção a então maioria BE preferiu prosseguir o concurso. No final a seleccionada era uma autarca da nossa Assembleia Municipal, eleita pelo BE. Denunciámos esse facto, em particular por termos obtido informações de que a sua posse ocorreria depois das eleições do passado dia 29 de Setembro. O BE veio entretanto a terreiro dizer que não o faria e que anulava o concurso.
Percebe-se agora, pelas palavras da ainda Presidente de Câmara que essas suas decisões poderão penalizar financeiramente o Município, em face do pedido de indemnização que poderá ser solicitado por aquela candidata. Este facto agrava ainda mais a falta de senso que o BE teve na condução deste processo!...
Evidentemente que não deixaremos, quando tomarmos posse - e se o problema se colocar - de defender os interesses da autarquia na eventual contenda jurídica que possa ocorrer, onde sublinharemos a "singular" gestão deste processo de contratação, esperando que se avalie também o comportamento daqueles que praticaram os actos.
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