quinta-feira, 2 de julho de 2015

CÂMARA APOIA OBRAS NO HOTEL JACKSON. É PRECISO DEBATER FUTURO.


A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos decidiu na passada 3ª feira - em reunião ordinária - por proposta do seu Presidente, aprovar a celebração de um protocolo com a Junta de Freguesia de Glória do Ribatejo e Granho, para a poder ajudar, com 5.000 € (cinco mil euros), a intervir na cobertura do edifício de que esta última é proprietária, o Hotel Jackson, onde se encontram alojadas várias associações da freguesia.
O apoio da Câmara Municipal concretiza-se ainda com a cedência de alguma mão-de-obra.


Os sinais de degradação são por demais evidentes, pelo que a intervenção agora em curso não podia aguardar que as autarquias - e os seus órgãos - estabelecessem um qualquer acordo com vista à perspectivação do futuro daquele espaço!


Porque a política se faz com transparência - e empenho total - cumpre-me informar os leitores deste espaço, em particular os da Glória do Ribatejo, que enquanto Presidente da Câmara Municipal, como referi no nosso Programa Eleitoral, gostaria de assumir a reabilitação e requalificação integral deste espaço, afectando-o ainda - e sempre - a Páteo das Colectividades, a que adicionaria outras valências de cariz social e cultural.

O caminho que pretendo seguir - se a Junta e a Assembleia de Freguesia, se a Câmara e a Assembleia Municipal, assim o permitirem - seria o de trocarmos com a Junta de Freguesia a posse deste terreno e o do antigo mercado diário da Glória do Ribatejo (por detrás do edifício sede da Junta de Freguesia) pelos cerca de 6 ha (60.000 m2) que a Câmara Municipal possui na Estrada da Fajarda e que hoje tem a Pista Municipal da Lagoinha, local onde o PDM de Salvaterra de Magos permite a edificação.
Com esta solução a Junta de Freguesia ficaria proprietária do terreno na Est. da Fajarda e a Câmara Municipal ficaria proprietária do Espaço Jackson e área envolvente. A Câmara Municipal assumiria ainda o compromisso de na solução técnica que projectar incluir a cedência de espaços para as associações que ali têm a sua sede.

Só sendo proprietária do terreno e do imóvel a Câmara Municipal poderá incluir no seu Plano e Orçamento a elaboração do projecto e a candidatura a fundos comunitários vocacionados para a regeneração urbana.

Este é o caminho que julgo melhor serve o objectivo final de recuperar e não deixar cair o Hotel Jackon, pois é utópico pensar que com os meios que tem a Junta de Freguesia o fará alguma vez. Os dados da história e o tempo que mediou até hoje demonstram que isso não sucedeu.
Foi esta a proposta que de modo informal apresentei ao Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Vítor Monteiro, e ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Francisco Madelino. 

O que desejo é que em particular os glorianos façam uma reflexão e que os mais hesitantes se lembrem que na posse da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia o que se conseguir fazer naquele local fica na Glória do Ribatejo.

Fica pois lançado o debate, um dia os órgãos autárquicos da freguesia - e posteriormente da Câmara Municipal - irão ser confrontados com a necessidade de tomarem uma decisão!...

4 comentários:

  1. Caro Senhor,
    O "Hotel Jackson" é do povo da Glória, por direito, pois foi ele que, durante muito anos, "levou" com a radiofrequência e os seus diversos efeitos...
    O órgão a que preside tem o dever de ajudar na sua manutenção, sem invocar a necessidade de ser "dona" do espaço.

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    1. "O órgão a que preside" também é do povo da Glória... e dos outros do concelho... estou certo que o anonimato não é a melhor forma de debater temas como este. Mas aproveito para o informar que já estamos a apoiar com meios financeiros e um pedreiro a Junta de Freguesia local na manutenção do Espaço, pelo que o seu reparo é desajustado da realidade. O "desafio" que eu lanço é para requalificar/reconstruir/ampliar/criar melhores condições, em suma, fazer uma obra que dignifique a Glória do Ribatejo, respeite a ideia de Pátio das Colectividades mas estendendo o conceito a mais valências culturais - como biblioteca municipal, auditório, etc. E isso só é possível com uma candidatura aos fundos comunitários, sendo uma exigência desses Fundos a titularidade do imóvel. Daí o "post" acima. Perguntámos entretanto à entidade que gere o Portugal 2020 se a hipótese de comodato por alguns anos é viável (ou não) para alcançar o objectivo de candidatar uma intervenção como esta a regeneração urbana. Aguardamos resposta. Serão como refiro no texto os órgãos autárquicos que representam o povo da Glória e o povo do concelho a decidir... na certeza de que o que for decidido fazer fica feito na Glória do Ribatejo. Espero que não seja o temor que vejo reflectido nas suas palavras a razão que justifica o estado lastimoso a que deixaram chegar o Hotel Jackson. Seria bom que ajudassem antes quem quer fazer algo por essa "memória colectiva" e por essa terra!... Os divisionismos ridículos apenas nos afastam uns dos outros.

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  2. então já existe projecto para o jackson ?

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    1. Se ler o texto do post verá escrito: "Só sendo proprietária do terreno e do imóvel a Câmara Municipal poderá incluir no seu Plano e Orçamento a elaboração do projecto e a candidatura a fundos comunitários vocacionados para a regeneração urbana."

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