Começo
a ter dúvidas - e não sou um pessimista por natureza - que com tantos maus
tratos que damos ao nosso planeta, ainda tenhamos tempo de reverter todas as
situações de agressão que um pouco por todo o lado vão acontecendo.
Na
China, e dado que o seu exponencial crescimento económico é feito à base da
utilização do carvão, os problemas ambientais multiplicam-se, atingindo valores
que excedem 30 vezes os limites de segurança para o ser humano. Não sei se em
muitos caos já não iremos agir tarde demais!...
O
problema do excesso de poluição do ar na China, e em particular na sua capital,
não é novo. Trata-se de uma consequência da conjugação de vários fenómenos como
o rápido crescimento económico, a dependência no carvão, a explosão do número
de automóveis privados e o desrespeito das leis ambientais.
Tanto
a população como o governo têm vindo a denotar, ao longo dos últimos anos uma
preocupação cada vez maior com a questão. Um sinal disso mesmo foi o início, no
ano passado, da publicação das medições de partículas PM2.5 na cidade de
Pequim.
Nos
últimos dias o assunto esteve em destaque até nos Média, que frequentemente o
ignoraram no passado. Isto porque a concentração das partículas poluentes PM2.5
registada foi mais de 30 vezes superior ao limiar de segurança definido pela
Organização Mundial de Saúde – o Centro Municipal de Monitorização Ambiental de
Pequim anunciou valores de 600 microgramas por metro quadrado, mas a Reuters
afirma que podem ter chegado aos 900 microgramas por metro quadrado.
O
referido centro municipal afirmou que o fenómeno era consequência de um centro
de baixa pressão que afetava a região e que fez com que a poluição não
dispersasse, tendo sido recomendado que as crianças e idosos se mantivessem em
casa.
Segundo
Zhou Rong, da Greenpeace “Este é realmente o pior registo não só de acordo com
dados oficiais mas também com os dados da monitorização da Embaixada dos EUA –
algumas áreas na Província de Hebei estão ainda piores que Pequim”.
“No
caso de Pequim, a eliminação da poluição demorará o tempo de uma geração mas
outras regiões nem sequer têm objetivos no que diz respeito à queima de
carvão”.
Fonte: www.guardian.co.uk.
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