Todos
sabemos que o desenvolvimento económico teve na sua génese o recurso a uma
fonte de energia barata (carvão, petróleo, etc), mas cuja utilização
generalizada coloca graves problemas ambientais que, no início, não foram
valorizados.
O
Japão procura - com o projecto que em baixo é notícia - ajudar os países que
estão em vias de desenvolvimento a fazê-lo mas de modo ambientalmente mais
seguro. A ideia parece estar correcta e julgo que é “o mínimo” que se exige aos
países mais desenvolvidos, é que se associem ao esforço de gerar riqueza nas
demais nações, custeando o acréscimo de custos resultante de uma utilização
energética mais amiga do planeta.
O
governo do Japão desenvolveu o “Joint Credit Mechanism” (JCM), que se destina a
abrandar a mudança climática e ajudar os países em desenvolvimento a alcançarem
um crescimento de baixo carbono, através da mobilização de tecnologia, mercados
e finanças.
O
JCM visa facilitar a difusão de tecnologias, produtos, sistemas, serviços e
infra-estruturas de ponta de baixo carbono, bem como contribuir para o
desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento. Também visa avaliar
a redução dos níveis de emissões de gases com efeito estufa de forma
quantitativa, através da aplicação da medição, notificação e verificação de
metodologias.
O
JCM vai, no fundo, contribuir para facilitar as acções globais de redução das
emissões. Um projecto na Mongólia, por exemplo, pretende substituir as
caldeiras a carvão convencionais por outras novas, energeticamente eficientes.
A redução do uso de carvão não só irá contribuir para o abrandamento da mudança
do clima, como também melhorará a eficiência económica e a qualidade do ar.
Neste
caso, o Japão e o país anfitrião estabelecem uma comissão conjunta para executar
o JCM. O comité desenvolve e adopta regras e directrizes e fica encarregue de
evitar que os seus projectos sejam registados por quaisquer outros mecanismos
internacionais, evitando uma dupla contagem na redução das emissões.
Um
número crescente de países está a unir-se ao JCM, que este ano entrou numa nova
fase. Depois dos esforços contínuos para desenvolver o conceito, através de
vários estudos e discussões com os países parceiros, o JCM já está pronto para
ser implementado.
Em
Janeiro, a Mongólia assinou um pacto bilateral com o Japão de forma a
implementar o JCM na sua capital. Desde então, o Bangladesh, a Etiópia, o
Quénia, as Maldivas, o Vietname e Laos também se juntaram à iniciativa, adianta
o Guardian.
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