Hoje estamos
com a cabeça no ar J.
~
Depois de no post
anterior termos falado sobre lixo nos
céus, agora a temática é luxo nos
céus.
Oito lugares estrategicamente colocados no nariz
do avião, o local mais recatado e luxuoso do gigantesco Boeing 747-8 construído
à medida dos pedidos da Lufthansa, convidam-nos a entrar numa nova realidade.
"Bem-vindo a bordo. É um prazer recebê-lo. Estou aqui para qualquer coisa
de que necessite", cumprimenta a hospedeira. Cada cliente da primeira
classe tem um tripulante a ele dedicado.
Os nomes dos passageiros são antecipadamente decorados e a cada lugar
corresponde um cacifo. Enquanto é servido uma flûte de champanhe, o comandante
cumprimenta, um a um, os passageiros, como se de velhos amigos se
tratassem
A companhia aérea alemã dedica horas especiais de formação
ao pessoal que trabalha na primeira classe. É preciso estar atento aos sinais
emitidos pelos passageiros, se estão aborrecidos, desconfortáveis, se procuram
privacidade. A tripulação desliza pelas confortáveis alcatifas de forma quase
invisível. Mas sempre presente ao longo das onze horas que separam Frankfurt de
Hong Kong.
Durante o voo, o ar torna-se menos pesado, graças a uma nova tecnologia que minimiza os efeitos da pressurização da cabina - mas apenas na primeira classe. As cadeiras são forradas de pele e existem cortinas de absorção de som para "silenciar" os ruídos -, até mesmo na descolagem deste gigante com 76 metros de comprimento e capacidade para 362 passageiros.
Durante o voo, o ar torna-se menos pesado, graças a uma nova tecnologia que minimiza os efeitos da pressurização da cabina - mas apenas na primeira classe. As cadeiras são forradas de pele e existem cortinas de absorção de som para "silenciar" os ruídos -, até mesmo na descolagem deste gigante com 76 metros de comprimento e capacidade para 362 passageiros.
À conquista da Ásia
Com nove modernos Boeing 747-8 e dez Airbus 380, os dois
modelos que substituíram os velhinhos Jumbo de dois andares, a companhia aérea
alemã aposta fortemente na captação do tráfego de negócios para as principais
capitais financeiras, numa disputa pela oferta dos melhores lugares e bilhetes
mais rentáveis. Através da parceria histórica com os americanos da Boeing, a
Lufthansa tem já garantida a encomenda de mais onze gigantes, até 2015, ao
mesmo tempo que se assume como a maior compradora dos novíssimos A380.
"Queremos estar na linha da frente das maiores companhias, com os melhores
e mais inovadores serviços", afirma Jens Bischof, diretor comercial da
Lufthansa. Não admira, pois, que os primeiros voos do 747-8 tenham sido nas
ligações para Washington DC, Nova Deli, Bangalore, Chicago e Los Angeles.
A empresa tenta, agora, conquistar a Ásia, onde a economia
fervilha e que desconhece o significado das palavras crise e austeridade. Para
Hong Kong, o preço da viagem em primeira classe começa nos 6 mil euros, caindo,
em económica, para 580 euros (ida e volta).
Para os outros sete passageiros da primeira classe,
todos eles de meia-idade, o conforto é imprescindível para chegarem
fresquíssimos ao outro lado do globo e poderem arrancar com as suas reuniões de
trabalho, sem, antes, terem de descansar. Após o comandante lhes dar as
boas-vindas, trocam os seus fatos por pijamas, disponíveis nos assentos. As
cortinas laterais, que isolam por completo cada lugar, são subidas. Alguns
ainda esperam pelo menu cozinhado em terra, outros pedem à hospedeira para lhes
preparar a cama - o banco transforma-se num leito horizontal com 2,07 metros de
comprimento e 80 centímetros de largura, com direito a edredão - apagam a luz e
colocam a venda nos olhos. E assim ficam até se ouvir no altifalante:
"Bem-vindos a Hong Kong. Foi um prazer voar convosco."
Ler mais: http://visao.sapo.pt/luxo-nos-ceus=f750811#ixzz2gCZAhZLS
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