A
quantidade de lixo que está em torno da órbita da Terra é já hoje um problema
grave quando se lança um novo veículo espacial. É assumido pela NASA que se
perdeu “o controlo do meio ambiente”.
Quando já há
mais de 300.000 objectos (lixo) a circular no espaço percebe-se a preocupação das
entidades que custeiam a exploração e a evolução do conhecimento que vamos
tendo sobre o espaço.
Cientistas
suíços vão lançar no espaço um satélite com tentáculos flexíveis capazes de
varrer o lixo espacial dentro de cinco anos. O CleanSpace One será enviado para
remover milhares de pedaços de foguetes e componentes de satélites que cercam a
órbita do planeta Terra a velocidades de mais de 28 mil km/hora.
Os
detritos na órbita do nosso planeta estão a tornar-se num problema cada vez
mais grave. No ano passado, um relatório da NASA afirmou que a quantidade de
lixo espacial chegou a um “ponto de viragem”. Em termos práticos, isto
significa que a quantidade de lixo que flutua em torno da Terra vai começar a
dificultar a deslocação de naves espaciais. “Perdemos o controlo do meio
ambiente”, disse o cientista sénior Donald Kessler, autor do relatório.
No
ano passado, a École Polytechnique Fédérale de
Lausanne, na Suíça, anunciou então a sua intenção de projectar e
lançar o CleanSpace One. O grupo deu agora mais um passo em frente, rumo ao seu
objectivo, dando início a uma parceria com a Swiss Space Systems (S3).
A
S3 está a desenvolver um novo método para lançar satélites com até 250 kg para
o espaço – o CleanSpace One será um pouco maior do que o previsto inicialmente
e pesará cerca de 30 kg. O seu lançamento está previsto para 2018 e envolverá
um investimento de €12 milhões (R$ 35 milhões).
Existem
cerca de 22 mil objectos em órbita que são grandes o suficiente para poderem
ser localizados a partir da Terra e muitos outros mais pequenos capazes de
causar danos nas naves espaciais e nos valiosos satélites humanos. No total,
estima-se que haja 370 mil pedaços de lixo espacial a flutuar na órbita do
nosso planeta.
O
satélite irá recolher os detritos espaciais e empurrá-los de novo para a
atmosfera da Terra, onde serão queimados na sua reentrada.
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