Uma
realidade que muitos fazemos por ignorar e que envergonha a humanidade. A
solução para o problema da fome não é fácil, até porque muito dos governantes
dos países mais afectados não parecem ter nas suas prioridades esta
problemática. Mas parece-nos indesmentível que são os que têm mais que têm de
partilhar - bens e saberes.
Em
paralelo a esta situação andará o exponencial aumento da população mundial com
particular incidência nos países mais pobres, onde as carências assumem
especial preocupação. Há cada vez mais dúvidas sobre a disponibilidade de
recursos terrestres, nomeadamente água potável, para o crescimento populacional
que se projecta para as próximas décadas!...
Assinala-se esta quarta-feira [no passado dia 16 de Outubro] o Dia Mundial da Alimentação com o
alerta de que 842 milhões de pessoas passam fome no mundo e mais dois mil
milhões têm deficiências nutritivas.
"Uma em cada oito pessoas no mundo
passa fome", lamenta o representante da agência das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Lisboa, Hélder
Muteia, em entrevista à agência Lusa.
O também representante da FAo junto da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) acrescenta que todos os anos
morrem 2,5 milhões de crianças com fome e dois mil milhões de pessoas não
dispõem de vitaminas e minerais suficientes para uma vida saudável.
Por outro lado, 1,4 mil milhões de
pessoas vivem actualmente com excesso de peso, dos quais quase 500 milhões
sofrem de obesidade, o que acarreta ameaças de doenças cardiovasculares e
diabetes.
Todos os anos, são gastos 3,5
biliões de dólares em saúde, 500 por pessoa - dinheiro que poderia ser
poupado se estivesse garantida uma alimentação saudável para todos.
"Teríamos menos gente a ir aos
hospitais e mais qualidade de vida, logo maior capacidade
produtiva", conclui Hélder Muteia.
Por isso, o lema do Dia Mundial da
Alimentação deste ano é "Pessoas saudáveis dependem de sistemas
alimentares saudáveis".
O responsável da FAO acredita que
hoje, num momento em que os padrões de consumo e de produção "estão, de
certa forma, a pôr em risco a base de recursos que garante a vida no
planeta", em que a água começa a escassear e há cada vez mais
desflorestação e degradação dos solos, é preciso "fazer uma mudança de
paradigma".
Hélder Muteia acredita que
a erradicação da fome é possível, mas "depende muito de políticas
públicas e lideranças fortes".
Recordando que 98% das pessoas que
passam fome estão nos países em desenvolvimento, Muteia explica que a situação
dos países desenvolvidos prova que é possível acabar com a fome: "Se há
países onde apenas um ou dois por cento passam fome, é possível, com políticas
públicas, com maior coordenação internacional, garantir alimentação para os
mais vulneráveis".
creio que há neste momento muita gente com fome no nosso Concelho!!
ResponderEliminarFome por falta de alimentos, fome por falta de emprego, fome por falta de esperança. É para eles que deve trabalhar.
Eu sei...
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