No final do
passado mês de Janeiro reuni, a meu pedido, com a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo,
com o intuito de procurar sensibilizar aquela entidade da administração central
para um conjunto de investimentos que se preconizam fazer na área ribeirinha do
concelho e que têm vindo a ser inviabilizados pela CCDR-LVT e até pelo
normativo do PDM de Salvaterra de Magos.
Tive
oportunidade de contactar o Presidente daquele organismo público e de expor
longamente aos seus técnicos, que acompanham os nossos instrumentos de
planeamento urbanístico, que temos uma IDEIA para a zona próxima do Rio Tejo.
Bico da Goiva, onde a Vala Real aflui no R. Tejo, em Salvaterra de Magos
Queremos aliar
o património natural que é o Rio, os mouchões, as margens e as aves que ali
nidificam, e o património histórico e cultural, algum dele edificado, como a
aldeia do Escaroupim, talvez onde mais facilmente se poderá perpetuar a cultura
avieira.
Evidenciei que
este destino turístico inclui passeios de barco no rio, mas também podia vir a contar
com um observatório de aves e com isso permitir um incremento na visitação
daquela aldeia e do concelho.
É por isso que
queremos, disse, conseguir autorização para localizar um pequeno/bar sanitário
e uma loja de produtos regionais, em estruturas palafíticas, no Largo dos
Avieiros no Escaroupim. Afirmámos que a observação de aves (birdwatching) podia
acontecer na Praia Doce onde se colocariam ainda alguns “bengalows” para
abrigar estudiosos e investigadores.
Complementarmente
informámos ter investidores que pretendem construir um pequeno hotel rural e um
restaurante, ambos em estrutura palafítica.
Deixámos claro
que a presença humana apenas ocupará a margem do Tejo já habitualmente
percorrida pelo ser humano, demonstrámos que defendemos apenas a valorização das
potencialidades endógenas criando, ainda, alguns percursos pedestres entre o
Bico da Goiva e o Parque de Campismo do Escaroupim, com traçados mais ou menos próximos do
Rio. Demos conta de que era intenção municipal dotar a antiga escola primária
do Escaroupim de um centro de interpretação da cultura avieira e de um núcleo
museológico do Rio.
Para podermos
avançar, com algumas destas ideias, foi-nos sugerida uma tramitação processual
que talvez nos ajude a atingir os objectivos. Entreabriu-se uma janela num
dossier técnico que estava absolutamente encerrado. Vamos ver o que conseguimos
nos próximos meses, até porque há outras entidades da administração central
cujos pareceres são indispensáveis para alcançarmos algo de positivo!...
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